quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Deixa eu contar novamente sobre meu último amor eterno,

Dessa vez um que machucou (como sempre machuca)
Um amor verdadeiro (Como sempre é),
Aquele que nunca vou esquecer (mas que sempre esqueço).

Deixa eu falar sobre o cara que jurou amor,
Que te prometeu com um olhar mais do que voce nunca sonhou ter,
Um alguém que começou a figurar nos seus sonhos como o "the one",
Como o homem com quem voce quer ter 5 filhos dois cachorros e uma casa nos suburbs.
O homem que te faz esqueçer de enfrentar os seus medos,
Que te faz acreditar que voce está suficientemente protegida para ter qualquer medo...
...E quando voce acredita, deixa eu te falar sobre ilusão.

Ilusão ensina, fere, te arranca as lágrimas mais profundas.
Ilusão te ilude ainda mais, quando tem uma ponta de esperança
Ilusão é uma maquina do tempo carnavalesca,
Que se fantasiaria de qualquer nova chance para fazer tudo dar certo,
E sonha em voltar atrás quantas vezes forem necessárias para não ter que voltar atrás nunca mais.

Ilusão é uma forma de amor,
Um amor que foi sentido
E um amor que foi ressentido.

???

Necessidade louca de organizar minha vida, e o que pode ser melhor nesse caso que escrever?
É difícil começar, pois tem tanto tempo que não atualizo o blog que ninguém mais pode entender o que anda acontecendo comigo, mas não se preocupe querido leitor fictício, apesar de conhecer os fatos da minha vida  melhor que ninguém eu ando tão perdida quanto você.

Vou começar pelo fim, que é onde essa necessidade de analisar minha vida começa.
Deixa eu explicar, faltam 3 meses para o fim do meu programa de Au Pair (incluindo o meu "grace period"), já tenho data da volta marcada, passagem comprada e estar voltando para o Brasil é certeza certíssima. Tenho evitado pensar nessa volta o máximo possível, mas o fato diariamente me persegue e desespera, porque amo os dois países loucamente, e por muitas diferentes razões acho que nunca mais vou conseguir viver em um lugar sem pensar no quanto o outro me faz falta. Se Brasília é minha mãe, San Francisco é a parente favorita com quem quero sempre estar, amo essa cidade (exceto pelo clima). Sinto como se SF houvesse sido construída pra mim, desde seu nome, que é uma homenagem ao Santo que sou devota, até sua aproximação com o movimento hippie, movimentos sociais, sua proeminência em idéias liberais, a gentileza de seus habitantes...
San Francisco é minha utopia, é minha cidade!!! Eu amo viver aqui!
Mas ai você deve estar se perguntando, se esse é o lugar dos seus sonhos, porque não vive ai pra sempre?
Resposta: Porque essa tal de vida é tinhosa, nos faz achar que mandamos em alguma coisa, mas a verdade é que quem comanda é o destino, você só segue os caminhos. E de alguma forma, sinto que por mais que ame SF eu sou destinada a algo além, e sinto que esta temporada em SF foi uma parte da jornada, mas de longe será minha última parada. Sinto que ir pro Brasil, por mais decepcionante que possa ser, e infelizmente acredito que será, é a coisa certa a se fazer.
Não sei como as outras pessoas se decidem quanto a ficar por aqui ou voltar, mas a minha decisão é assim, algo que eu não compreendo, e de certa maneira não concordo, mas sei que tem que acontecer.
Quando estava namorando o indiano consegui ignorar esse sentimento de que meu futuro não estava aqui, por que a sensação de que ele era o homem da minha vida era muito maior que essa vontade de seguir o que o destino tinha reservado pra mim, acho que teria me conformado facilmente em viver aqui com um subemprego ou sendo mãe de pequenos Rajas nos suburbs, mas depois que levei um pé na bunda sem explicação dele (Obrigada, by the way!) tudo voltou ao normal, e ficar aqui perdeu o sentido.
Agora me encontro nessa situação, com meu coração dividido entre uma vontade louca de ficar na minha cidade-sonho e uma expectativa louca de ir e descobrir o que me espera.
E esse quesito o que me espera anda me matando viu. Porque gosto de ser independente. Ter meu dinheiro e não depender de ninguém. Mas com essa confusão toda de sentimentos, ando totalmente perdida sobre o que quero pra minha vida, especialmente minha vida profissional. Sabe aquela história do não sei se caso ou se compro uma bicicleta? Essa sou eu!
Estou investindo em um curso que estava super animada pra fazer, pesquisei, me matei de horas extras pra juntar a grana, organizei meu schedule com minha Host, estava na maior expectativa e agora, 3 aulas depois, não sei mais se continuo o curso ou não. Pior, não sei mais se quero trabalhar com isso na minha vida ou não. Recebi uma proposta pra fazer um internship (voluntário) na área e não sei se aceito.
Trabalhar nessa área era minha paixão, minha certeza, e agora não faço ideia se devo manter essa ideia na cabeça ou partir pra outra. E se partir pra outra, que outra?
Voces enxergam o tamanho do problema? Estou estática! Não consigo tomar decisões sobre a minha vida, pois estou morrendo de medo do que elas vão acarretar pro meu futuro. Eu não consigo definir o que quero pro meu futuro, mas eu estou voltando pro Brasil por causa da certeza de que o meu destino me reserva algo lá e morrendo de medo do meu destino... Hopeless.
Eu queria que minha solução fosse ganhar na mega -sena, mas nem isso ajuda. Minha solução é ter um objetivo de vida, e essa meta se perdeu no caminho.
Agora eu estou assim, perdida, dividida, confiando num destino que temo.

Mas hoje pelo menos estou feliz. É que pra piorar, me apaixonei pelo cara que estou ficando a quase 10 meses, desde que terminei com o indiano. E ele é o melhor companheiro com quem poderia sonhar, ele tem me apoiado e me ajudado com essas e outras situações, e hoje, sem motivo específico, me mandou as flores que sei que mudaram muito mais que minha tarde.

Eu avisei que era confuso.
Acho que essa confusão é da minha natureza, talvez um dia eu encontre uma carreira em confusão e me torne CEO da causa... Ou simplesmente vá para num hospício.

Beijos,

May.
Chefe do Movimento dos Pensamentos Controversos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Feliz ano novo!!!

Me sentí na obrigação de ressuscitar o blog para a postagem de 1 ano.

Não vou começar com falsa modéstia, sempre tive certeza que conseguiria ir até o fim. Vim preparada para o pior e consegui coisas muito melhores do que imaginei através desse programa.
Vim pra aprender a ser humilde, e algumas vezes acho que fui humilde demais e deixei as pessoas se aproveitarem disso. Muitas vezes esqueci que sou muito mais que uma Au Pair e deixei o que eu faço ditar quem sou, essa atitude me rendeu muitos sapos engolidos, muitas horas extras não pagas ou mal pagas, horários loucos e beirar a insanidade, mas me ajudou também a perceber o valor do trabalho, a baixar a minha crista de menina formada e a valorizar cada centavo que ganhei, sabendo que foi fruto do meu trabalho (trabalho duro);
Eu vim pra aprender a ser independente, mas acabei descobrindo que independência é relativo, você sempre tem que dar satisfação a alguém.
Vim pra fazer amigos, e os fiz. Poucos pra ser sincera, mas essenciais. E mais importante que fazer novos amigos foi valorizar os amigos que tinha e a saudade que me fazem.
Não vim pra me apaixonar, mas me apaixonei, dai quebrei a cara, e... me apaixonei de novo, de forma mais forte, mais intensa, e ai... Quebrei a cara mais feio. Mas também tenho aprendido com isso. Hoje eu sei que homem não é tudo igual, existem culturas diferentes, pessoas diferentes, e se você não está apto a aceitar o outro isso pode acabar com uma relação antes mesmo de começar. Você tem que sonhar e viver o seu amor, mas tem também que colocar os pés no chão e lembrar que não está aqui pra sempre, tem que lembrar do que deixou em casa.
Foi aqui que eu dei a minha mãe a devida importância, pelas pequenas e grandes coisas que pareciam tão naturais e que hoje sei o trabalho que dão.
Viver aqui me fez pensar em fugir pra casa e em fugir de casa, porque os problemas não conhecem barreira nem esperam na fila do visto, eles te alcançam rapidamente, e se você não se estrutura para lidar com eles, você se perde.

Perdida! É assim que você se sente boa parte do tempo, mas se você é persistente vai aprender que viver perdida é uma oportunidade de viver se encontrando, se descobrindo, e nesse quesito não posso reclamar do meu ano. 365 dias de amadurecimento através de lágrimas, sorrisos, viagens, experiencias, choro de criança, fralda suja, vinho, saudade...

O meu balanço hoje são mais 9 meses pela frente (esses tenho medo de não conseguir terminar) dividida entre 2 famílias que me enlouquecem, mas por quem morro de amor.
Já conquistei muito e tenho dúvidas sobre o que quero daqui pra frente, mas vou continuar a deixar o destino fazer seu trabalho, pois apesar dos arranhões no coração (que são profundos), tenho fé de que tudo o que fiz foi válido e que muito mais ainda espera por mim.

Obrigada a todos os que precederam esse ano, a todos os que fizeram parte dele, e a todos os que virão em consequência! Se me perguntarem se faria tudo igual...  Não há nada que não possa ser melhorado, então faria mudanças, mas não perderia a oportunidade de viver essa experiencia incrível.

Xoxo,
May.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Vegas

Eu sou assim, só conto do ano novo no Carnaval! Rs.

Então, desculpa pela demora em postar, mas é que ando com preguiça até de acordar, que dirá de atualizar o blog, mas juro que quando estava no avião voltando de Vegas só conseguia pensar: Tenho que fazer um post pra ajudar as meninas que querem ir pra Vegas, porque mesmo lendo um monte de blog antes de ir me senti super perdida e insegura, fora que quando disse que ia todo mundo me falava uma coisa diferente, fica aqui, fica ali, voce vai morrer de frio ou de calor, blá, blá, blá...

Fui pra Vegas dia 30 de dezembro e voltei dia 03 de janeiro, 4 noites de hospedagem, dividí o quarto com outras 3 au pairs. Como moro em San Francisco encontrei as passagens relativamente baratas ($180 ida e volta), depois descobrí que se tivesse pesquisado melhor poderia ter pago só $70 ida e volta, pela spirit, uma nova cia. aérea aqui dos Estados Unidos que faz umas promoções maravilhosas, tipo a Gol fazia no Brasil no começo.
Fui pela Southwest, e não tenho do que reclamar, voo tranquilo e sem atrasos, outra boa opção é a Virgin America, e fica na mesma faixa de preço da Southwest.
O aeroporto fica no fim sa Strip, principal avenida de Vegas, e eles oferecem taxi ou shuttle, um onibus que para no seu hotel e custa $7, pegamos o shuttle, mas acho que se vc está em 4 pessoas pegar o taxi dá na mesma, quando voce está saindo do hotel dá pra pegar o shuttle pro aeroporto também, como amo bater perna, por mim esse seria o único gasto com transporte durante os 4 dias, é tudo muito perto caminhando, o problema é só o voltar andando em cima de um salto no fim de noite, mas se for pra turistar, coloque um tenis e não gaste com onibus ou taxi, ou voce vai passar raiva pois o transito na strip é caótico.

Hotel:
Foi difícil pra mim escolher hotel com o budget de Au Poor, mas pior é tentar descobrir qual o melhor em termos de localização e não ter idéia, e não foi por falta de pesquisa, passei noites lendo tripadvisor, yelp e outros sites de dicas de viagem.
Tomem cuidado com as taxas extras em alguns hotéis, por uso da piscina, SPA e outras *amenities* que voce só descobre na hora de pagar a conta, então antes de reservar confira, a taxa de imposto da cidade é normal, aquele a mais que vc paga quando compra qq coisa nos US, mas fique de olho nas fees.
Um bom site com dicas sobre Vegas é o http://www.vegas.com/, eles tem uma lista com melhores baladas e quais hotéis cobram taxas extras e quanto.
Eu fiquei no Flamingo e recomendo, barato e fica bem no meio da Strip. Pesquisei muito preço de hotel pelo Kayak (http://www.kayak.com/), mas não comprei por eles, via o preço, ia no site do hotel, reservava a mesma data e quando checava o preço saia mais barato, acabei economizando quase $100 assim.
Minha dica é, escolha um hotel na Strip, entre o Excalibur até o Treasure Island no máximo, depois disso tudo fica longe e vc vai ter que gastar com transporte pra ir pras baladas.

Ah! As baladas! Fato, se vc é mulher e só está com mulheres vc não gastará dinheiro em Vegas, os promoters te param na rua perguntando se vc quer ir pras festas (de graça, nunca pague por isso), basta vc dar seu telefone. Sim! Isso é comum, como era ano novo paguei por uma festa que ia ter o Will.I.Am do Black Eyed Peas, e caí na besteira de dar $20 pra um povo que fica na rua vendendo uns flipers, não compra! Não é convite, é só propaganda, não que não vá funcionar, funciona, mas é gastar dinheiro a toa, por exemplo, nós queriamos muito ir num clube, eu fui na porta e perguntei quem ia tocar e quanto era a entrada, o promoter que tava na porta perguntou quantas pessoas eram, se erámos só meninas e disse: -Nada, vou por seu nome na lista, chegue até 10pm ou voce corre o risco de não entrar. simples assim! A maioria dessas baladas tb tem bebida de graça até certo horário pra mulher, fora os caras que SEMPRE aparecem pra oferecer bebida.

Comida:
Do lado do Flamingo e em quase toda a Stripe tem Subway e BK pra quem não quer gastar muito, eu estava disposta a comer num lugar bacana no dia 1, então fui num lugar chamado Sugar Factory, comida ótima, não é caro e dá pra ver as fontes do Bellagio enquanto faz sua refeição, olha que lindo! :D

Enfim, acho que falei tudo, mas se tiverem perguntas só mandar. História pra contar modelo Hangover? Claro que tem, afinal, Vegas é Vegas né. Mas sabe o ditado, "what happens in Vegas, stay in Vegas!"





segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

São Francisco

Aposto que está todo mundo por ai fazendo posts de Natal e ano novo né.
Mas eu não. Não ainda!
Tô devendo esse post já tem muito tempo, e como tá cheia de brazuca vindo pra ajudar a cidade a pegar fogo quero que elas saibam bem o que as espera, e que todo mundo que diz que virá me visitar possa ter um gostinho de quero ir.
Pra mim não tem nada que represente melhor SF que a Golden Gate, a primeira vez que passei pela ponte me senti em um Filme americano, mas como não estamos aqui pra escrever guia turistico vamos pular todas as belezas e emoções que esse cenário lindo podem trazer.

São Francisco é a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos, e na boa, deve ser a que menos tem americano. A cidade foi colonizada por espanhõis no Século XIX, e teve uma forte migração chinesa após o terremoto e incêncio que destruiram a cidade em 1906.
Constantemente tenho a impressão que o idioma oficial da cidade é o espanhol seguido pelo chinês, e honestamente, tem horas que isso chega a ser irritante viu, tô na América meu amor, fala english aê!
Mas SF não se limita a dois tipos diferentes de cultura não, aqui você encontra gente de todo lugar do mundo MESMO, é uma cidade altamente cosmopolita, e se você está disposto a fazer amizades internacionais, esse é o lugar.

Outra coisa, aqui tem muito brasileiro, FATO, você sempre os encontrará na Loja da Victória's Secret, se der saudade de ouvir português espera lá dentro uns 5 minutos que passa.
Antes falava que ia evitar brasileiro, impossível, ninguém é tão bom em festejar como nosso povo, então minha dica é, conserve as amizades brasileiras, mas não se esqueça de fazer outras no caminho. Evite as festas no estilo Brazilian Day, as pessoas ficam bizarras nesses lugares, o goiano vira sertanejo de raiz, todo mundo descobre que amaa forró risca faca, a música é barulho, tudo fica emporcalhado, CAOS! Evitem! A única coisa boa de ir nesses lugares é a comida.

Ah! A comida, vou confessar que até hoje não consigo com essa falta de tempero em comida de americano, e nem com essa mistureba de doce com salgado que eles amam, e sério, vocês não vão me ver tomando leite no almoço e no jantar.
Eu encontro uma certa dificuldade em cozinhar comidinha a moda brasileira aqui (mas sempre fui péssima na cozinha mesmo), mas o que mais tenho dificuldade é em achar arroz que fique soltinho e mandioca (nunca achei). Já fiz algumas coisas aqui em casa, mas por mais que me digam que é uma delícia, é muito diferente, sei que minha host não pedirá bis, nossa comida é muito "rica" pra eles.
De qualquer forma se a saudade bater, tem restaurante brasileiro a preços bem razoáveis, $20 em média, também tem mercado com produtos brasileiros e churrascaria, e em último caso, você pode se render a comida mexicana que como os mexicanos estão em toda esquina.
Diferença importante a se aprender desde já. Existe São Francisco, cidade, que é centro e tem de tudo, e existem as cidades ao redor, que são consideradas SF, mas você precisará de carro pra ir buscar o jornal. SE você estiver dentro de SF, tudo é fácil, taxi nunca é (tão) caro, tem ônibus 24 horas por dia, metrô, BART (um trem elétrico), bonde, tudo que facilita sua vida.
Dica preciosa, se você vier morar ou mesmo passear, faça o cartão do MUNI (serviço de transporte de SF), a recarga mínima é de $10 e você economiza.
Dica 2: Sempre que você paga ônibus ou bonde você recebe um papel que te dará o direito de rodar por 3 horas sem ter que pagar novamente. Sevocê usar o cartão acho que isso também vale pro metrô ou pra trocar de um tipo de transporte pro outro.

Lugar pra se fazer compras: Downtown! Lá tem Macy's, Nordstroon, Forever 21, Saks, Victoria's, Shepora e por ai vai, é por lá também que fica boa parte dos clubes e bares.
Lugares que frequento e recomendo:
. Jhonny Folley's: É um piano bar e melhor começo de noite, sempre lotado e com boa música, maioria dos frequentadores são de outros lugares, a parte de cima do lugar é um bar bem bacana onde rola bandas ao vivo e os fãs de esporte vão assistir jogos, geralmente baseball ou luta.
Bom pra paquerar!!!
. Ruby Sky: Maior night club da cidade, geralmente cobra $20 a entrada, mas tem como entrar de graça com nome na lista. Acho o lugar grande, bonito, mas geralmente só dá asiático, tem lugares mais divertidos.
Bom pra ir em grupos grandes e dançar, de preferência levando seu paquera do piano.
. Slide: Quem não conseguiu entrar na Ruby Sky vai lá, é do lado, mas honestamente, prefiro, galera bem mais bonita, entrada sempre é de graça, tem um escorregador pra entrar na boate, não é grande, mas super animado (se você for na quarta ou sábado, esqueça os outros dias).
Bom pra paquerar e dançar
. Vessel: Lugar mais classy, geralmente também abre lista pra entrar de graça até as 11 pm, bom DJ, lugar legal mas não tão grande, tem mais americano que nas outras boates, uma galera um pouco mais velha.
Bom pra dançar.
. The Parlor: Não fica em downtown, mas é um ótimo lugar pra ir as sextas-feiras, SIM, você encontrará muito asiático e indiano, e muito pirralho tb com fake ID (identidade falsificada), mas é o lugar mais cheio e divertido, espaçoso, mas sempre lotado, abre lista até as 11 pm.
Bom pra paquerar, se você dançar vai esbarrar em alguém.

Nossa, podia fazer isso o dia todo, devem estar pensando que sou maior cachaçeira né. Queria mesmo, mas aqui você aprenderá o valor de uma ressaca. CARO! Cerveja é sempre uma média de $6 o copo então ficar bêbada com salário de Au Pair nem rola.

Eu sou maior murrinha, sou mesmo, então uma ótima opção pra mim é esse site:
Sempre dá ótimas opções de lugares free ou quase free pra se divertir.

Nunca se esqueça do seu casaco.
Prepare-se para se apaixonar, gente linda sempre (muitos gays, mas ainda lindos).
Aprenda suas linhas de ônibus.
Não tenha curfew!!!

Por enquanto é tudo porque não vou passar o dia OFF na frente do computador.
Beijos,
May.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Washington DC

Alguém ai já se sentiu realizando um sonho sem ao menos saber que aquilo era um sonho?
Me sinto assim aqui constantemente

Antes de chegar nunca tive vontade de sequer passar perto de USA, pensava: -malditos porcos arrogantes! Nunca me terão como turista. Pois é, quase posso escutar o Tio Sam dizendo: -Engula suas palavras brazuca preconceituosa, aqui tem muito pra se ver.
Sem brincadeira, até mesmo cidade que só tem mato aqui me encanta, a vegetação diferente, o colorido das folhas, o jeito de se vestir e comportamento das pessoas, me sinto tão em casa e ao mesmo tempo uma pessoa de outro mundo.
Mas acho que o que melhor traduziu até hoje pra mim essa sensação de viver um sonho foi conhecer Washington DC, ou DC, pros íntimos.

Brasiliense nascida e apaixonada pela minha candanguiçe sempre senti que de certa forma morava numa cidade que era um centro de poder, e isso por só já era muito, por isso não precisávamos de pontos turísticos ou atividades, ir à Brasília por só já deveria ser patriótico .

Olha...
Como precisámos aprender, pensei vou ver Washington (que teoricamente centraliza o maior poder do mundo) pra tirar foto na Casa Branca e em alguns memoriais e vai ser tudo o que se tem pra fazer. Nananinanão!
A cidade é repleta de história, museus, arte, atividades, lugares lindos, facilidade de transporte incrível, e a Casa Branca... não é isso tudo, pequenininha, Obama mora mal viu (tinha que ter algum defeito , rs
Vou começar pelo Smithsonian Museum, o maior Museu do mundo, um complexo com 19 museus, incluindo um Zoo (com pandas Gigantes), visitar qualquer museu do Smithsonian não pode jamais ser chamado de programa chato, eles fazem de tudo super interativo, com planetários, replicas em tamanho real de naves espaciais, esqueletos de Dinossauros gigantes e por ai vai...
Quer saber o melhor? Todos ficam lado a lado em um quarteirão gigante (aliás, tudo é perto em DC);
Quer saber o melhor do melhor? Tudo de graça. Isso mesmo, DE GRAÇA.
Não é promoção não, nem coisa de um dia, poucas coisas em DC são pagas, a grande maioria das atrações é aberta ao público diariamente e é grátis. Pensa na inveja que fiquei, como queria que Brasília fosse assim hein. E eles não se limitam a isso, também dão visitas guiadas gratuitas dentro dos lugares, o máximo que pedem, é pra quem quiser ajudar, deixar o quanto puder numa caixa na saída, geralmente a galera deixa $1, quando deixa.

Vamos combinar: Muita vontade de conhecer a cidade + um monte de atração gratuíta + companhia super divertidas = Viagem perfeita a baixo custo.

Pra quem se interessar em conhecer a cidade, recomendo muito e deixo as dicas:
. Em DC tudo fica ao redor do Monumento, portanto a não ser que tenha preguiça de andar você gastará muito pouco ou nada com transporte.
. Você terá muito, mas muito mesmo pra ver e no final vai parecer que nunca terá tempo de ver tudo, portanto planeje suas prioridades e pesquise com antecedência se os lugares que deseja visitar precisam de reserva, a Casa Branca por exemplo, só aceita visitantes com reservas de 6 meses de antecendência (visita interna guiada), eu queria muito ver a Biblioteca do Congresso por dentro e me dei mal :(
. Smithsonian Museums, recomendo muito:
-o Museu do ar e Espaço, que é incrível pra crianças e adultos, se dê um tempo pra realmente ver tudo e tirar muitas fotos, se possível, também pague pelo cinema de lá, baratinho, e se dê ao prazer de ver estrelas de pertinho ou fazer uma simulação de voô;
-Museu de Arte Natural, é INCRÍVEL, é onde você verá dinossauros, réplicas de homem das cavernas, e mais um bocado de coisa legal, eles tem sala sobre vida marinha com baleias gigantes, sobre mamíferos, repteis... E até quem matou todas as aulas de biologia e não sabe a diferença entre vertebrado e invertebrado vai amar.
. Leve sua câmera e SIM tire muitas fotos, diferente da maioria dos locais históricos e museus em DC você pode fotografar em quase todos os lugares, nos poucos que não terão um aviso.
. Coma na antiga sede do correio, fica pertinho de tudo isso, e hoje em dia é um shopping por dentro, só com coisas pra turista, lá você vai achar pizza, cachorro quente, torta, sorvete, tudo bem baratinho ;)
. Escolha um hotel perto dessa área: Capitol ou Monumento, pois assim você não terá que andar muito ou pagar transporte, fiquei no Holliday Inn, graças a linda da Poliana que pesquisou tudo pra gente e achou esse hotel que é perto de tudo, atrás do Museu do ar e espaço e pertinho do Capitólio, dividimos o quarto por 4 e saiu mais barato (e confortável) que hostel :D
. E falando na Poliana, lembrei o mais importante, escolha pessoas que tenham o mesmo ritmo que você e que também estejam interessadas em aproveitar, só conhecia a Poli, mas a francesa amiga dela era o máximo (o povo legal), ela me ensinou um monte de palavrão em francês, e em homenagem a Emy, que só sabe falar em português foda, caralho, eu replico com: -Putem!!! kkkk.


É incrível a estrutura turística que os americanos montam pras cidades aqui, e que parece tão natural, todo lugar tem uma lojinha onde você pode comprar um agasalho com o nome da cidade, e acredite, se você não se contiver, volta pro Brasil com uns 500 I S2 cada canto que já fui.


Meu gasto do fim de semana lindo foi:

$40 hotel
$43 trem (Amtrak, super rápido e de manhã cedinho e tarde da noite é mais barato)
$52 restaurante (francês por conta da Francesa, mas ganhamos altos drinks de graça do Chef)
$15 uma bolsa :p
$30 refeições, transporte e supérfulos
___
$180 :O


Tive a sorte de ter uma hosta super easygoing, que me liberou o fim de semana inteiro no meio de uma viagem de trabalho porque ela sabia que eu gosto de política e que queria muito conhecer DC. Portanto, minha passagem de avião foi de graça, e ainda tive o prazer de conhecer Baltimore, e pelo menos a parte que fiquei é uma graça, sem falar que fui muito bem tratada, tanto pelos colegas de trabalho dela, que faziam questão de me ajudar sempre que podiam, me convidar pros jantares e até pagaram um quarto individual no hotel pra mim.
Depois do lance de trabalho dela fomos para a casa dos primos dela, que foram super atenciosos, serviram de motorista pra mim, e gente, que casa chique era a deles viu, não me vejo morando em Suburb, mas poutz!!! Tinha até veado no quintal. E não é igual os que tem no meu quintal não, era da família do Bambi, dois grandes e o filhote, começei a apontar e falar, o Bambi, o Bambi, pensa o mico. kkkkkkkk
Mas eles entenderam minha excitação. :)


Por fim, tenho que contar pro mundo que conheci a linda da Laris, goianinha que queria tanto te conhecer desde que iniciei esse processo, e feliz até hoje que ela me deu um abraço do tamanho do mundo quando me viu. Não vejo a hora de vê-la de novo!


É isso, sem dramas mexicanos por hoje, que se não o post fica gigante e ainda quero postar foto ;)

Beijocas**

May



Laris.


Poli, Giovana, Euu, Emy e Jerome.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Todo mundo espera alguma coisa, de um sábado a noite... or...

Desde o ínicio comemorar aniversário aqui era uma coisa que me empolgava muito, apesar de meus aniversários terem um histórico de fracasso pois não curto esse lance de ser a anfitriã. Por isso decidi tentar não me empolgar demais aqui, mas decidir é uma coisa, e botar em prática é outra.
A princípio minha idéia era ir pra Vegas ou Los Angeles, mas como só poderia passar 2 dias preferi não gastar dinheiro com isso, então na semana anterior resolvi pegar uma balada de véspera e fazer um programinha light na data, chamei as pessoas que já se tornaram especiais para mim (sim, elas existem), e algumas que só conhecia superficialmente, mas com quem me identifiquei de cara.
Poucas horas antes da balada decidi ir comprar um vestido pra passar o tempo e ver se mantinha meu animo. Saí, bati perna, bati papo e a noite...

A noite me arrumei linda! Tão linda que até eu acreditei que era linda. Tudo culpa do vestido que comprei que é um arraso! Tinha combinado com minhas amigas que as encontraria na casa de um colega pra beber antes de entrar, mas acabei indo direto pra boate, pq já estava tarde e tinha gente me esperando na porta, mas acabou tudo sendo um desencontro danado que me rendeu 1 hora rodando de um lado pro outro e uma cara de pamonha antes de entrar no lugar.
Quando entrei estava legal, bem animado, mas daí começou minha zica tradicional de escorpiana. Na hora que minhas amigas chegaram, menos de meia hora depois de mim, os seguranças começaram a barrar entrada de todo mundo, as primeiras a chegar conseguiram entrar, mas depois, duas meninas muito queridas pra mim ficaram de fora, e isso me deixou super triste, triste ao ponto de ir chorar no banheiro. De chorar não porque eles foram barrados, tinha mais gente comigo, mas de me sentir deslocada, sem ninguém que realmente me conhecia ao meu redor, chorei de carência, chorei querendo atenção, chorei por chorar.
Não quero que interpretem que minha noite foi uma merda, não foi, teve seus altos e baixos, só. Não era o que eu esperava, apesar de eu não estar esperando muito.

Ainda assim, fiquei muito feliz pelas pessoas que apareceram e pelo carinho que eles demostraram por mim, pessoas que 1 ou 2 vezes ou que só conheço de facebook, mas que ouviram falar que era meu aniversário e foram lá, pra me parabenizar e me fazer sentir querida.
Quando a balada acabou 2 da manhã (odeio esse horário) resolvemos ir pra casa de um brazuca que mora lá na PQP tomar umas vodkas, foi legal, mas não foi legaaaaaaaaaal, todo mundo meio parado, minha amiga, que tinha sido barrada foi e tava mega bêbada dizendo que tinha perdido o passaporte e que ia ser deportada. Enfim... A noite foi isso!

Cheguei em casa umas 4 da manhã e às 8 "acordei" pra falar com minha família no skype, conversamos um pouco e fiquei orgulhosa pq não me bateu desespero. Claro que queria o abraço deles pessoalmente, mas não foi uma coisa de olha como sofrendo sem vocês. Dormi mais 1 hora depois fui tomar banho e me arrumar pra ir almoçar com minhas amigas e minha host family. Foi muito bom apresentar minha HM pras pessoas, mostrar meus babies, ficar falando bobagem, às vezes em português mas todo mundo tentando se manter no inglês.
O lugar que escolhi é uma graça, Café Floré, fica a 3 quadras de onde moro e como diz uma das meninas, é a cara da riqueza. :p
Mas esperamos uma penca pra sermos atendidos e ficamos apertados numa mesinha minúscula. Valeu porque consegui apresentar "quase" todo mundo pra minha host mom que queria muito conhecer minhas amigas, e me senti bem querida. Quando acabamos fui pra praia de Crissifield, só eu e o russo (sugestão da minha hosta) e foi ótimo, nunca tinha ido nessa, é lindo lá! Tem uma vista linda da ponte e da ilha de Alcatraz, o clima estava perfeito com um solzão digno de Rio de Janeiro.
Mas passei o dia meio introspectiva, calada, não estava pra curtição. Nem beber bebi.
De presente ganhei o vestido e as passagens pro ano novo em Vegas de mim mesma;
Uma caixa de som pro laptop da minha hosta;
Uma bolsa do russo (kkkkk, até ele já sacou que só ando com uma bolsa);
E uma caixa de ferrero rocher da francesa, que pow, achei muito fofo, foi um presente super simples mas que me emocionou demais!

I also wanna write a tiny bit in english just to express for my friends brazilian or not how especial was have you there and receive your messages. Thanks for my host mom for be worried about this day becomes especial for me and always try to make me feel part of the family.And especially thanks for this guy, for your attention, for stay by my side and for spend a whole night listening everybody talking in portuguese even you don't understood nothing, thanks for worry about me and if I was having fun. Thanks for waste your fun trying to solve the problems and for change your agenda and lose important things for you. Thanks for respect my silence and for listen me when I need, even I didn't talk a lot.
Despite my deception with you discovering that you're republican. I just wanna that you know how special you're becoming to me and how much I appreciate everything that you do for me.

Agora é se acostumar a não ter mais 21, minha idade preferida. E começar a pensar o que um ano a mais implica na minha vida. Lembro que há 3 anos atrás quando fiz 19 fiquei muito deprê porque nada que planejei tinha dado certo, hoje com 22, tenho planejado muito menos e tenho tanto a agradecer. Estar aqui por só é uma dádiva, não bastasse pelas pessoas que conheço, os lugares que visito ou as coisas que vivo, minha maior benção aqui e aprender a ser humilde e dar valor aos detalhes, é poder refletir e me conheçer de uma forma tão profunda que às vezes amedronta. É sentir saudade e nostalgia mas ao mesmo tempo uma ânsia voraz por coisas novas, por ampliar meu horizonte.

Seguem as fotinhas:





Beijo e xero!
May*



Acho que esse texto tem tudo a ver com o que busco aqui e com o que quero para mim mesmo, hoje e sempre:


Desejo


Desejo primeiro, que você ame,

e que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer

e esquecendo não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,

mas se for, saiba ser sem desesperar.



Desejo também que tenha amigos,

que mesmo maus e inconseqüentes,

sejam corajosos e fiéis,

e que em pelo menos num deles

você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,

desejo ainda que você tenha inimigos;

Nem muitos, nem poucos,

mas na medida exata para que, algumas vezes,

você se interpele a respeito de suas próprias certezas.

E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

para que você não se sinta demasiado seguro.



Desejo depois que você seja útil,

mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,

quando não restar mais nada,

essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.



Desejo ainda que você seja tolerante;

não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

mas com os que erram muito e irremediavelmente,

e que fazendo bom uso dessa tolerância,

você sirva de exemplo aos outros.



Desejo que você sendo jovem não amadureça depressa demais,

e que sendo maduro, não insista em rejuvenescer

e que sendo velho não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor

e é preciso deixar que eles escorram por entre nós.



Desejo por sinal que você seja triste;

não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

que o riso diário é bom;

o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.



Desejo que você descubra,

com o máximo de urgência,

acima e a despeito de tudo, que existem oprimidos,

injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.



Desejo ainda que você afague um gato,

alimente um cuco e ouça o joão-de-barro

erguer triunfante o seu canto matinal;

porque assim, você se sentirá bem por nada.



Desejo também que você plante uma semente,

por mais minúscula que seja,

e acompanhe o seu crescimento,

para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.



Desejo outrossim, que você tenha dinheiro,

porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por

coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu",

só para que fique bem claro quem é o dono de quem.



Desejo também que nenhum dos seus afetos morra,

por ele e por você,

mas que se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.



Desejo por fim que você, sendo um homem, tenha uma boa mulher,

e que sendo uma mulher, tenha um bom homem

e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte,

e quando estiverem exaustos e sorridentes,

ainda haja amor para recomeçar.



E se tudo isso acontecer,

não tenho nada mais a te desejar.




Vitor Hugo, adaptado por Vinícius de Moraes.