quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Postagem de Aniversário


Gentee,
Um mês de USA e parece que foi ontem que cheguei, ao mesmo tempo me sinto super em casa aqui, estranho isso né não?
Honestamente, tudo aqui está superando demais minhas expectativas, e posso contar um segredo, até hoje não chorei (não sei se é bom ou mal sinal).
Não quero fazer um post super longo, porque é mais pra mim mesmo, saber como estou evoluindo e se estou descobrindo o que quero fazer da vida, parece que a cada dia ando mais perdida.
A verdade é que tô bem acomodada aqui, vivo de facebook só caçando guria pra beber, mas sei bem que a vida não é isso e que se ficar nessa meu ano voa e nem vejo.
Daí resolvi que vou frequentar o College amanhã já. Ia só semana que vem.

Tinha combinado um passeio pra Santa Cruz com uma menina do face, mas furou, agora acho que vou parar de adiar o passeio de turista e fazer by myself, já que estou FDS OFF.

Domingo tenho meu primeiro meeting das Au Pairs, e espero que tenha muita guria interessada em fazer amizade, porque ampliar meu leque de relações é meu maior desejo aqui.
Quero conhecer gente de toda nacionalidade e coletar opiniões e experiências de gente de cada pedacinho desse mundo.

Uma coisa é certa, escolher a família é muito importante, tô apaixonada pelos meu babies (fato!) Hoje minha menina rolou sozinha pela primeira vez e eu fiz tanta festa que teve uma hora que pareceu que a filha era minha. Me descobri apaixonada pelo meu menino também, ele é mais difícil, mas me conquistou.

Meu trabalho também não é muito difícil, especialmente se lembro que no meu trabalho na SUPER EMPRESA FODA ai no Brasil eu ganhava a mesma coisa pra trabalhar 12 horas por dia fora as 3 a mais que passava no trânsito.

De presente de um mês chegou finalmente meu Iphone (mentira, nem foi presente, a empresa que enrolou pra entregar mesmo), tô até com medo do quão mais viciada em net posso me tornar.

O carinha da balada continua atrás, mensagens diárias. Ohhh, se ele fosse mais alto! Mas tá valendo, pelo menos pra amigo, pois já ví que ele gosta de balada tanto quanto eu e tem altos contatos, até me convidou pra uma festa da fraternidade que opaaa, vai sair post depois. Adorei! Me senti muito em filme americano.

Nesse um mês:
. Me apeguei a francesa (minha nova best);
. Descobri que Deus me ama muito, e cuida das minhas loucuras (porque só Ele mesmo pra por essa família perfeita na minha mão de primeira);
. Quase não falei com minha família (Essa diferença de horário é tensa), e eu sou largada tb;
. Já comi 4 pacotões de Pringles (kkkkk) Não tô obesa, mas se continuar comprando essas besteiras vou ficar logo, logo;
. Quase não comprei roupa e essas paradas (mas pretendo essa semana);
. Já fui no Samba (éee, rolou pagodão no parque);
. Já curti balada;
. Já perdi dinheiro;

. Já beijei na boca (se é que pode chamar assim, cadê a língua desse povo mesmo hein)


Mas preciso fazer:
. Descobrir uma forma barata de enviar coisas pra casa (tudo que vejo quero que meus sobrinhos tenham);
. Capoeira, descobri um curso grátis pra brasileiro, vamos ver se rola.
. Mais amizades;
. Estudar mais o inglês;
. Turismo por SF;
. Definir os lugares que quero conheçer esse ano;
. Ficar menos tempo no computador, ou usar esse tempo
de forma mais produtiva.

É isso, final de semana vou comprar umas cervejas e ficar lendo no jardim. Espero que apareça mais coisa porque já tô me sentindo nerd em casa direto. Me chamarm pra um forró aqui. kkkk. Não vou em forró nem no Brasil, mas quem sabe né. Ver no que dá.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Money, money, money, money


Se tem uma coisa que influencia essa vida de Au Pair essa coisa é dinheiro.
Não estou aqui a muito tempo, mas algumas coisas são fáceis de se constatar, como:
-É muito fácil e barato comprar aqui, portanto se você não tiver controle acaba gastando o que tem e o que não tem.
-Se sua família segue as regras do Programa você só vai gastar mesmo com supérfulos.

Quando cheguei estava até com uma quantia razoável em dinheiro, pois não tinha comprado minha câmera em Nova York como queria, então estava bem tranquila, e não tive que comprar muita coisa, só umas bobagens na farmácia, acontece que meu computador deu paw e tive que comprar outro, daí fiquei lisa por duas semanas.
Nesse meio tempo abri minha conta no banco, que é sobre o que realmente quero falar nesse post.
Meu bairro é bem localizado, portanto tenho aqui quase a porta 4 grandes bancos a minha disposição, o que acabou gerando uma dúvida enorme sobre o que escolher. Mas pior que a dúvida era lembrar de banco no Brasil. Ai na terrinha uso o BB, e em geral não tenho muito o que reclamar não, mas a verdade é que em todo banco ai temos que pagar taxas bem elevadas, e quando pensava nessas taxas em dólar, putz, um frio me subia a espinha.
Fiquei em dúvida sobre os seguintes bancos:
-Bank of America
-Citibank;
-Chase;
-Walls Fargo.

Todos são grandes bancos, e os 3 primeiros já tinha ouvido falar ou visto, mas o Walls Fargo tinha a vantagem de ser o banco da minha hosta. Quase optei pelo Citibank, por saber que tinha em Brasília, o que na minha cabeça significava que ia pagar menos pra enviar dinheiro pro Brasil.
Recomendo que escolham um grande banco, pois assim não terão dificuldade quando viajar, ou se (Deus nos livre) vier o rematch.
Não vou dizer que passei dias pesquisando o assunto não, há um tempo atrás tinha lido um blog de uma menina que contava a experiência dela com dinheiro aqui, e gostei muito. Ela dizia que toda semana guardava $100 e gastava $100, tinha semana que não gastava isso tudo, então econonomizava, e que o banco dela enviava todo o troco (moedinhas) pra poupança quando ela comprava com o cartão, eu comprei a idéia e decidi fazer a mesma coisa quando chegasse aqui.
Até essa semana estava complicado, por causa do lance do computador, mas até que sou controlada e sei que essa semana consigo começar.

Enfim, o negócio das moedinhas influênciou totalmente a escolha do meu banco. Acabei optando pelo Bank of America, que é o único que disponibiliza esse serviço.


As vantagens que ví além disso é que não vou pagar tarifas bancárias, gente isso me deixa tão feliz. Claro que o banco ganha aqui, tenho certeza disso, mas eles não parecem explorar o cliente, pois ao que aparenta, para eles é mais importante que o Banco tenha muitos clientes para administrar o dinheiro do que captar pequenas quantias de cada correntista. Uma das razões é esse espírito consumista extremado daqui, eles facilitam ao máximo seu poder de compra. Todo lugar passa cartão, e é super fácil você abrir conta em banco, eles são realmente o país do consumismo, mas montaram toda uma estrutura para que comprar fosse algo atrativo e quase natural, por exemplo, você tem caixas eletrônicos (ATM) em toda rua, as lojinhas de esquina tem ATM, o que facilita demais na hora de sacar, mas mesmo assim, você pagar as coisas em dinheiro aqui chega a ser motivo de estranheza para alguns comerciantes, aqui se usa cartão até pra comprar cookies.

Minha experiência diz respeito ao Bank of America, vou dar agora as diretrizes para quem quer abrir uma conta lá, mas acredito que os outros não sejam muito diferentes:

-Documentos:
Você só vai precisar do passaporte, na verdade, eles requerem o seguro social, mas é só falar que não tem ainda e eles abrem a conta e você pode levar depois sem problemas, pra facilitar leve também seu DS 160, e um cartão no seu banco no Brasil (se tiver) que em menos de meia hora sua conta estará aberta e ativa.

-Opções de conta:
Queria uma conta onde não tivesse que pagar tarifa nenhuma, e sim, isso é possível! Claro que eles não oferecem dessa forma, mas basta você dizer que não quer pagar tarifa nenhuma, que o atendente vai te dar uma opção de conta onde você paga $8,95 ao mês. A manha é que se vocÇe desabilitar receber contas por via postal (papel), e não usar o caixa tradicional você não paga nada, e sua conta não cobra tarifa nenhuma. E pra falar a verdade, você não vai precisar usar atendente, porque o ATM é muito fácil de usar, e pelo menos o do Bank of America tem a opção de ver as coisas em português, o que facilita ainda mais, e pra visualizar suas contas você pode usar a internet ou receber tudo no seu e-mail.
Mas tomem cuidado, pq alguns ATM funcionam como os caixas 24hras do Brasil, e cobram uns $2 quando você usa, opte sempre por usar cartão na hora de pagar, ou se for sacar prefira os ATM (caixas eletrônicos) do seu banco, que aqui em SF pelo menos tem de todos esses bancos em todo lugar.

-Conta Poupança:
Você pode abrir ao mesmo tempo e transferir o dinheiro extra e o troco pra essa conta, super fácil de administrar, e recomendo muito que façam!

-Observação:
Assim que você faz a conta tem que fazer um deposito inicial de $25, sempre deixe ao menos isso na sua conta, pois caso contrário ela será encerrada automaticamente.



Uma coisa fundamental para mim foi não pegar cartão de crédito, porque não quero sair do controle e acho importante juntar algum dinheiro. O cartão de crédito faz falta em algumas transações como compras pela internet, fazer reserva de hotel, ou quando você está sem grana. Especialmente para transações online é mais seguro. Mas sei que se usar o crédito mais hora, menos hora vou me descontrolar. Então cheque e crédito nem pensar, até porque vamos combinar, gastar $100 por semana aqui só com besteira é o suficiente. Afinal, por mais que desejemos salário de Au Pair não é pra viver comprando Louis Vitton ou Victória's Secret, e mesmo assim dá pra muuuita coisa.

Pra finalizar queria deixar essa comparação curiosa:
Banco aqui não tem fila, não tem burocracia e tem em todo lugar.
Meu banco queria me cobrar R$25 pra fazer um cartão de crédito customizado, com foto, essas besteiras, o meu com foto e plano de fundo saiu de graça, fora as mil opções de plano de fundo de cheque (tem até da hello kit).
O atendimento é eficiente e de qualidade, e se preocupam muito, em você, como turista, entender tudo o que dizem, são super simpáticos, e fazem o possível para agradar;
Eles fazem de tudo para conquistar e MANTER o cliente.
Nesse quesito, (por enquanto) USA 1000 x 0 Brasil.

Espero que o post ajude.

Beijos,
May.

domingo, 21 de agosto de 2011

Primeira balada!



Ho ho ho...E finalmente chega a hora do post mais esperado de todos...
Minha primeira BALADA!!!

Depois de quase três semanas em São Francisco já estava quase enlouquecendo dentro de casa, fiz amizade com a francesa mas ela não parece gostar de farra e curtição, e as meninas com quem converso que gostam ou estavam longe ou nunca tinham folga no mesmo dia que eu.

Arroz e feijão nem de longe pode se comparar a falta que faz uma cerveja na minha vida.

Já desesperada e quase pedindo minha passagem de volta pro Brasil (sente o drama) resolvi postar no grupo de au pairs do facebook quem estava afim de sair. Na sexta recebi várias propostas, e como não sou de fazer doce, lá fui eu...
O problema era que as gurias iam mais cedo e eu tinha que jantar com minha hosta, pq uns tios dela estavam aqui.
Mas combinei de ir depois na cara e na coragem tentar acertar o local: Me ferrei! Fui parar bem longe da balada. Mas como as pessoas daqui são muito gentis e o transporte é muito bom, logo me localizei e cheguei, probleminha é que cheguei lá depois das 11p.m., tive que pagar pra entrar, seriam $20, o que descobri que é caro aqui (aprende Brasília!), mas a Jéssica, au pair que fui encontrar deu uma chorada e ficou por $10.
Quando entramos, choque! A balada daqui parece demais com a de Brasília, mesma música, mesmo estilo de ambiente, mas as pessoas, não vou falar que são mais bonitas, pq acho honestamente os brasilienses lindos, mas o que tem de homem bonito aqui não é brinquedo não, e todo mundo meio doido, se enturma fácil, chega pra dançar, age como se fosse seu amigo de infância. Pense num povo simpático!!!
Roupa era minha mega-dúvida antes de sair de casa, optei por uma calça jeans com blusa decotada e ankle boot de salto, acho que não fiz feio, mas pequei por levar bolsa sem ter dinheiro pra deixar no guarda-volumes. Não acho que estava mal vestida, mas estava bemmmm diferente da maioria, porque não sei como as meninas aqui não morrem de hipotermia, um frio do caceta, eu de jaqueta e cachecol e elas num micro vestido que mostra até a alma (outra coisa que me fez lembrar muito brasília).
Música aqui é muito boa, mas não espera muita novidade, é a mesma coisa que a gente escuta no Brasil (ainda bem), e rola bastante hip-hop com eletrônico, se você gosta de Black Eyed Peas e Snoop Dog vai saber boa parte das letras pra acompanhar a hora do "raise your hands".
Não cheguei a comprar bebida, mas reza a lenda que aqui os caras SEMPRE pagam pra você, então você menina bonita, pode economizar seu modesto salário de au pair e investir no look.

Entrei na balada com duas brasileiras e encontrei mais 3 lá dentro. E lá estávamos nós 6 au pairs curtindo, dançando e olhando em volta (e como tem pra onde se olhar) quando me aparece esse carinha e começa a me cantar, eu não sabia se era cantada, porque se com silêncio e calma já entendo mal o inglês que dirá com barulho, jogo de luz e empurra-empurra. Disse pra ele que não falava inglês e voltei a dançar, as meninas quase comeram meu fígado, mas não é que ele me volta 5 minutos depois com uma cerveja pra mim.
kkkkkkkkkkkkk. Me ganhou. Achou meu ponto G. Fiquei super envergonhada, daí uma das meninas começou a conversar com ele, e meio que dar as dicas para chegar ao meu "coração". Rs. Ele me chamou pra dançar, e mesmo morrendo de medo rolar a dirty dance fui. É que aqui não se dança, no lugar a galera faz sexo com roupa, mas como tinha visto a balada e o povo tava até comportado resolvi testar, ou pelo menos tentar, porque o povo sem ritmo, ou a sem ritmo era eu, só pode, o cara ia pra um lado e eu pro outro. Fiquei dançando com esse cara bem 1 hora, encosta rosto, olho no olho, tô que espero um beijo e nada.

Hahaha... Fui esperar perto das meninas, que também ficaram pasmas de depois desse tempo todo não ter rolado nem selinho, pensa num carinha marcha lenta pra umas coisas e todo apressadinho pra outras.Já tinha até desistido, quando as meninas começam a gritar: -Beija, beija, beija!!! Ele me perguntou o que significava, e eu falei que ia mostrar (olha a danadinha :p) E foi assim que enfim rolou beijo! beijo high school, mas rolou, e fui calorosamente parabenizada por ter ficado com um americano na primeira balada! Coisa rara por aqui hein. Trocamos telefone e não é que de ontem pra hoje o cara já me mandou mais mensagem que meu ex durante todo o namoro. Rs (tá, exagerei de novo), mas é nesse modelo.

Beijos ou falta de beijos a parte, só posso dizer que amei a balada em San Francisco, adorei minhas companheiras, e especialmente o fato de poder falar a merda que quiser em português, tirando pelo fotógrafo, quando fomos tirar onda de "somos brasileiras (celebridade)tira uma foto nossa", o cara vira e diz que é goiano, vê se pode.

Ah! Fui abordada por uma admiradora enquanto estava dançando com esse cara. kkkk. Acho que vou ter que me acostumar, pois a população gay é maioria aqui e não tem vergonhinha não, chegam chegando mesmo. Mas que assustei, assustei. Rs, especialmente porque estava "acompanhada" né.

Fim da noite trocando idéias com os novos amigos na porta da boate, surprise, também rola briga aqui, e das sinistras viu, até abaixamos com medo de tiro (mania de Brasil)
Balada também termina super cedo, 2 a.m. e já estavam nos expulsando (literalmente), só faltou pegar no colo e jogar fora depois.
Perdi dinheiro no fim da história :(, mas acabou que amei minha noite, e agora que aprendí o caminho, é só Hello San Francisco!!!

domingo, 14 de agosto de 2011

Home Sweet Home

É com muita alegria que comunico que cheguei!! Tá, já fazem quase duas semanas que cheguei, mas é que nesse meio tempo meu computador quebrou e tive que comprar outro, portanto, me perdoem por demorar a postar.

Acho que a primeira coisa a mostrar é minha impressão sobre a cidade (depois quero fazer um post mostrando melhor o que é San Francisco), mas por enquanto vou me limitar a dizer que acredito que achei a minha cidade. Apesar do clima ser um pouco diferente do que imaginava: um vento frio que vocês nem imaginam, é uma cidade super politizada, muito voltada a questão das minorias e aos direitos, a noção de comunidade aqui é surpreendente, e a arquitetura então nem se fala, casas vitorianas absolutamente lindas, e minha casa felizmente é uma delas.
Essa não é a casa, só uma da vizinhança, pra preservar o endereço, mas vou confessar que fiquei surpresa, pois quando conversei com minha hosta pensei que ela morasse num cubículo bem feinho, mas estou apaixonada pelo meu novo lar.

E como não dá pra falar em lar sem falar em quarto, apresento-lhes meu cantinho, que na verdade é um canto maior que meu quarto no Brasil, e é simplesmente LINDO (sei que pode não parecer na foto, mas é), e a melhor parte é que minha cama não deixa nada a desejar minha caminha ai do Brasil :D
E como não há casa perfeita que nos sustente aqui sem um bom relacionamento com a host family, quero finalmente falar sobre minha família.
Estava com muito medo da mãe ser uma neurótica e é claro do rematch acontecer, agora estou com muito mais, e minha explicação é simples: Adoro minha família!
Combinei com minha hosta de não citar nomes, mas ela permitiu divulgar umas fotos, e essas são minhas fofuras:
Eles tem quase 5 meses e uma agenda cheia, tem hora pra tudo, comer, dormir, brincar, exercícios... Estamos em fase de treiná-los ainda, mas eles são bem fáceis de lidar. A menina segue tudo a risca, mas meu menino é mais manhoso e tem um pequeno problema de torcicolo, o que requer uns exercícios que ele detesta e faz com que eles seja ainda mais difícil pra comer e dormir e chore muuito, mas em geral, meu trabalho é bem tranquilo.
A hosta tem me respeitado muito, no primeiro dia me levou ao mercado e me fez mostrar a ela o que gostava de comer, e assim tem sido, fazendo sempre o possível para me deixar a vontade, me ajudando e tirando todas as minha dúvidas.
Rolou até um negócio que me fez chorar aqui na primeira semana, meu computador não gostou dos ares americanos e deu PT, como ia ficar muito caro pra consertar preferi comprar outro, mas ia ter que esperar umas duas semanas até juntar o que faltava do dinheiro, bem, ela me emprestou o cartão e me ajudou a escolher, e quando disse que não me sentia a vontade de ela me adiantar a 1 semana de pagamento que era o que faltava pra completar o preço ela me disse: -May, acho que um computador é essencial para você aqui, pois é seu meio de comunicação.
Cara, sem palavras, uma lágrima escorreu quando agradeci tudo o que ela estava fazendo e ela me abraçou, e antes que me chamem de chorona, queria dizer que ela já chorou umas vezes na minha frente antes disso viu. Ram!
Mas é que não foi só isso, nessa primeira semana também peguei uma gripe aqui, e fiquei bem mal, ela me deu o dia pra descansar e me indicou que remédios tomar, sei que são coisas simples, mas estão fazendo toda a diferença pra mim.
Exemplo: Ela sempre compra jantar pra ela e pra mim, e sempre que faz algo pra ela faz pra mim também. Claro que ela tem as regras dela, afinal, eu sou uma empregada, ela está me pagando, e não quer que eu fiquei vendo TV ou use computador no horário de trabalho, a gente até teve um desentendimento por conta de almoço, já que aqui eles só comem algo rápido tipo um sanduíche, e eu fui fazer comida pra mim, na hora fiquei meio puta, mas enfim, choque cultural creio eu, e eu resolvi cozinhando o jantar e deixando a mais pro almoço, ou comendo só um sanduba mesmo.
Por enquanto estou no meu período de lua de mel com meu programa, minha decisão, minha família e tudo o mais. Saudades da família, claro que bate, especialmente por conta das dificuldades que passei como voô cancelado, computador quebrado, gripe, comida ruim e talz. Mas falando honestamento, estou amando a cidade e começando a entender por que tanta gente que vem com a convicção de passar só um tempo acaba ficando.
As pessoas aqui são muito gentis e simpáticas e tudo é muito acessível, bem, mas isso é assunto pra um próximo post, por enquanto deixo todos com a certeza de que essa experiência está sendo ótima e que estou mesmo me sentindo parte da família, dificuldades vão surgir e piorar certamente, mas agora é enfrentar e fazer deste um ano memorável. :)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

I am (try) to going to San Francisco

Vamos imaginar essa cena feliz...

Você passou sua primeira semana em NY e conheceu a cidade no dia anterior, agora é hora de ir pra casa da sua host family, malas arrumadas (e inexplicavelmente mais pesadas), banho tomado, instruções decoradas, frio na barriga, bilhetes em mão, lá vamos nós pro ônibus e 2 horas depois chegamos ao aeroporto "empolgadíssimas" para um voô de 8hras de duração.


Você passa mais um tempão da fila do check-in pesando malas, mais um tempão esperando o horário do seu voô, passa duas vezes por uma segurança que apenas posso definir como paranôica (aqui eles te fazem tirar o sapato pra passar pelo detector).

Mas feliz, contente e anciosa pra chegar logo, e então lá vamos nos...

Lá vamos nós? Haha



Sonha babe, seu voô foi CANCELADO!



Pois é galera, foi isso o que rolou comigo, e como definir?

Uma situação absolutamente desesperadora, porque se é chato quando isso acontece no Brasil, onde todo mundo fala sua língua, imagine aqui nos EUA, com todos ao seu redor falando um ingês super rápido sem se preocupar se você está entendendo ou não e sem ninguém pra te ajudar.

Agora nada é tão ruim que não possa ficar pior né, porque pro caos ficar completo a maioria do grupo que ia embarcar comigo era de alemãs, as meninas até eram legais, mas na hora do desespero ficavam falando só entre elas em alemão, daí lá ficava eu, olhando com cara de paisagem pra sul-coreana que só tinha o inglês iniciante ou pra dinarmaquesa que era muda desde a training school e pedindo aos céus para que a bateria da Mangueira de repente surgisse sambando por lá por que ia fazer um show na Califa.

Bem, a bateria da Mangueira não surgiu, mas a vontade de chorar sim, entendam, é que meu voô não foi cancelado só uma vez, mas 2 no mesmo dia, fora os atrasos, chegamos a entrar no avião 2 vezes e nada de embarque, passamos 12 horas no aeroporto, tive que consolar muita alemã, mas aguentei firme, e quando o cansaço apertou e já estava quase rodando a baiana no guichê da companhia aérea, peguei toda a calma que já não tinha e fiz o seguinte:

1. Exigi cupons de comida;

2. Pedi por um hotel e o primeiro voô do dia seguinte;

3. Transporte para o hotel e para o outro aeroporto pela manhã.

Definitivamente, é a melhor coisa a se fazer, porque ficar esperando pelo próximo voô só vai te deixar puta, cansada e com fome.
Não que a noite tenha sido fantástica, demorou um tempão para eles providenciarem isso, e quando falo um tempão é um tempão mesmo, teve uma hora que já estava tão doida que começei a fazer videos para poder falar um pouco de português.

No hotel tive que dividir a cama com duas alemãs, detalhe, este hotel não tinha restaurante para usar os cupons de comida, só dormimos poucas horas, porque chegamos no hotel às 23 hras e tivemos que sair às 3 hras pra voltar ao aeroporto.



Sim, foi um dia de merda, uma noite pior ainda, mas o sol de um novo dia estava raiando, e lá fui eu, arregar malas pesadas de novo, ter que passar por check-in de novo, segurança FDP de novo, mas agora pelo menos ia matar a fome usando os cupons que a companhia aérea me deu.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Vocês ainda acreditam em coisa boa nesa história, tá né, senta lá Cláudia, a atendente nos deu os tickets que só funcionavam no outro aeroporto, tivemos que voltar no check-in e quase fiz um barraco pra eles trocarem, dai, mais uma vez passar pela segurança, dessa vez passando por um raio-X, acho que pra verificarem se você não está transportando drogas, e agora sim, finalmente: Comida para esperar pelo voô.


Aqui quero deixar três observações:
1. Todos os aeroportos eram em novaYork e usei a mesma Cia. Aérea nos dois voôs, a United;
2. Mesmo sendo a mesma companhia, eles fazem procedimentos totalmente diferentes, e no segundo dia vieram me pedir um monte de documento do dia da minha chegada aos EUA que eu simplesmente não tinha mais, como o comprovante da minha bagagem, pra que diabos ia guardar isso?
3. Aqui eles não fazem barraco, o que é muuuuito estranho, nem um berro com o povo, todo mundo estava visivelmente chateado mas não expressava isso, e dizia pras atendentes que a culpa não era delas.

E depois dessa luta toda, lá fui eu morta de cansada tentar pela 3ª vez em menos de 24 hras ir pra São Francisco, me colocaram em um assento no corredor e do lado do banheiro, e detalhe, não tinha espaço pra bagagem de mão, porque o kit de primeiros socorros ocupava tudo, tive que colocar minha bagagem de mão debaixo do assento, já fula da vida e sem saber se dessa vez o voô saia ou não, morrendo de sede, falo pra alemã do meu lado:


M.: This never happens before with me at Brazil, I am so upset. I don't believe mor that I go to see my host family, It's a joking.

Ela riu, e o cara gatinho da janelinha disse: I am sorry, where are you from?
M.: Brazil.
Ele: Where in Brasil?
M.: Brasília, You know Brazil?
Ele: Caraca, Eu sou brasileiro, sou de Porto Alegre! Oi!!! :D


Gente, fiquei TÃO FELIZ! Nunca pensei que ficaria tão feliz em encontrar um brasileiro e ouvir português na minha vida! A minha vontade era abraçar aquele desconhecido, cantar a canção da amizade, o hino nacional, hastear a bandeira, sei lá.
Vocês te noção da coincidência, da mão de Deus nisso? Já estava pra chorar de exaustão (literalmente), quando esse anjo aparece do meu lado, contei toda a história pra ele (em português) e fiz questão de não traduzir nada pra alemã :D

A partir daqui a vida ficou mais bonita (na medida do possível) e meu voô finalmente decolou, 6 hras depois chegamos em San Francisco, encontrei minha HM me esperando no aeroporto, o que foi muito bom, porque depois de tanto desencontro pensei que ela nem estaria lá, e que nem saberia quando eu chegaria, pois eu mesma já não tinha certeza se chegaria.


Sei que contando parece exagero, mas juro que não é, só vivendo essa situação, e olha que fui forte e ativa, resolvi tudo pra mim e para o grupo de 15 pessoas que estavam comigo, tive que consolar duas alemãs que cairam no choro nesse processo.


Então é isso, meu voô pra casa da HF definitivamente não foi tranquilo, eu espero de coração que isso nunca aconteça com vocês, mas se acontecer, tentem manter a calma e tomar esse como seu primeiro grande desafio aqui.

. Não esqueça de ligar pro 0800 da sua agência, e tenha sempre o número da sua HF em mãos (eu não tinha cartão e sei a falta que me fez);
. Exija a comida, porque a do aeroporto é muito cara, e se você ver que o voô não vai sair peça logo por um hotel e transporte, melhor chegar no dia seguinte descansada que durante a madrugada chateada e acabada.
. Evitem a United, não sei se a American é melhor, mas como se não bastasse tudo isso, tenho que acrescentar que o serviço de bordo deles é uma porcaria, num voô de 6 hras não serviram nem um pão seco, tive que pedir por água, pois só passaram com o carrinho de bebidas uma vez, e os aviões parecem bem velhos.

Pra finalizar vai ai minha foto com o Eduardo, brasileiro do voô, que não sabe, mas é com certeza um enviado do meu anjo da guarda.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Training School Cultural Care

Post dividido e três partes:

1. Embarque:

Meu embarque ocorreu dia 25 de julho, sai meio-dia do aeroporto de Brasília e fui pra São Paulo, curiosamente, consegui não chorar me despedindo da minha mãe e das minhas amigas, mas vou confessar que quando o avião decolou e olhei a cidade umas lágrimas rolaram. Cheguei em Guarulhos super cedo, então rodei o aeroporto umas 10 vezes, pois o guichê da minha Cia. Aérea só abria às 17hras. Comi em um restaurante que além de caro é horrivel, sugestão, quem for cedo pra Guarulhos fique com o Mc Donalds mesmo!
Por volta das 18 hras começei a encontrar o pessoal que ia comigo, o Neizinho conseguiu pegar um assento ao meu lado, e juntos começamos a entrar em pânico por não entender nada o que o piloto dizia. O voô foi direto e durou 9 hras.

Dica de roupa: Use um casaco bem quentinho, calça, e se der leve mais um casaco por garantia, pois o ar é gelado.


O voô não tem muito mistério, mas já no check-in te perguntam se vc tem comida ou arma de fogo e porque está indo, no caso da Continental você pode despachar duas malas de 32 kg e ter mais a bagagem de mão e uma bolsa que eles não pesam.

Antes de entrar para o embarque é necessário passar pela imigração, que só te pergunta o motivo da viagem e checa os documentos, quando se chega nos EUA você terá que passar pela imigração de novo, no caso das Au Pairs pelo menos, eles dão um papelzinho branco que é pra comprovar que sua entrada foi permitida e quando será sua saída, NÃO PERCA ESSE PAPEL!, grampeie no passaporte, pois se você perder: 300 paws e uma encheção de saco, acho que esse papel também ajuda pra quem quer viajar no ano de Au Pair pra fora, tipo Canadá, mas não tenho certeza.
No meu caso foi tudo um pouco mais longo, pois a mulher que estava na minha frente na fila não falava nada de inglês, daí o agente me pediu pra traduzir pra ela, e eu nervosa que só fui lá.

Ah! Não posso deixar de mencionar dois homens com uma cara de quem estava servindo de mula na sala de embarque que eu tinha certeza de que teriam a entrada barrada, mas... Entraram! :D
E foi assim, às 06 horas da manhã cheguei ao aeroporto de Newark, NY. Fomos pra escola com um motorista super gentil que nos emprestou o celular pra fazer ligação pra casa avisando que estávamos bem e tinhamos chegado! Isso mesmo! Éramos 8 brazucas e ele deixou todo mundo usar o celular dele pra ligar pra casa de graça :D


Treinamento:O treinamento da CC é feito no interior de NY, na St. John. Não me interessei muito em buscar informações sobre o treinamento antes do embarque, mas o que vi nos posts até então era que o treinamento era um saco e coisas parecidas. Não sei então se eu que tive sorte, porque gostei demais da conta, razões:



  1. O Campus é bem bonito;

  2. Tem um PUB perto;

  3. Tem uma sala perto do dormitório com vários computadores e net free;

  4. Você pode interagir com gente de outras nacionalidades e treinar seu inglês;

  5. Minha professora em especial era muito dinâmica.

A verdade é que a gente chega em Oakdale super cansado, e ver video sobre segurança não é a coisa mais bacana pra se fazer em Nova York, mas se você tenta interagir com as pessoas (leia-se as alemãs, que são maioria absoluta) dá pra tirar proveito sim e ter uma experiência legal.


A única coisa que realmente não gostei foi a comida. Nunca, jamais, experimente o arroz que eles te servirem. Eu achei a pizza bem ruim, mas teve brasileira que gostou. A salada tinha umas coisas bem esquisitas, e pão francês no café da manhã nem em sonho. Mas tem um mercadinho perto do PUB, e dá pra comprar umas pringles baratas pra passar a tarde mais feliz.






Tour por NYC:


Tenho que dizer, este é o momento mais esperado, e o mais decepcionante.


Seguinte: Se você ganhar o tour da família, legal, faça!, Caso contrário não. Ah! Mas e ai? Vou ficar na escola sem fazer nada? Claro que não! Apenas faça o seu próprio tour por NY. É o seguinte: o tour custa U$: 35, mas vc pode pagar só U$: 20 pra pegar o ônibus, descer em NY e ficar por conta própria, basta pedir pra diretora.


Quem faz o tour não tem tempo pra nada, a gente fica rodando NY dentro de um ônibus, e no tempo free tem que voltar correndo pro ônibus, não dá tempo de tirar foto, fazer compras, nada! Então talvez seja melhor deixar a estátua da liberdade pra uma outra oportunidade e bater perna pela Times Square. Quisera eu ter lido algo assim uma semana atrás e estaria mais pobre e mais feliz, pois a única coisa que deu tempo de comprar foi um cookie e uns postais.


Mas um lugar que você pode visitar no tour e que vale a pena é o Top of the Rock, este ticket pode ser comprado separado e você pode ir a pé ou descer perto pra iniciar seu tour por lá. Recomendo demais, pois dá pra ter uma vista panorâmica de NYC e tirar fotos incríveis, é de tirar o fôlego!


Caso resolvam fazer seu próprio tour, não deixem de levar um mapa e se planejar antes, lembrem-se de ter um relógio também e de localizar logo o local onde o ônibus vai sair.



  1. Tire fotos na Times Square, é incrivel! E foi quando eu me toquei que estava de fato em NY;

  2. Deixe sua perua interior aflorar e compre Victória's Secret, grite ao ver as lojas da Louis Vitton e da Prada, compre da Forever 21 e aproveite o espírito consumista que só NY pode despertar em você.

  3. Não deixe de tirar fotos em frente aos cartazes da Broadway e na escada, que fica absolutamente LOTADA, tire também em frente a placa da little Brazil.

  4. Vista uma camiseta I S2 NY e leve uma cantada de um típico americano que diz sorrindo: -I love New York too :D.

**Para quem está lendo este post como uma forma de se preparar desejo boa sorte e que você possa aproveitar essa experiência. Escute! Treine seus ouvidos para ouvir o inglês e entender. Fale! Treine seu inglês, não se envergonhe, as pessoas estão aprendendo. Faça contatos e participe das atividades.


**Para quem está lendo porque quer saber como foi minha experiência, desculpa gente, ainda não bateu saudade, mas quando falei com minha mãe no chat o coração apertou. Fiquei triste por NY ter passado tão rápido, e feliz pelas pessoas que conheci, e por ter a certeza que dei o melhor de mim para fazer desse início o mais completo e agradável possível.