quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Deixa eu contar novamente sobre meu último amor eterno,

Dessa vez um que machucou (como sempre machuca)
Um amor verdadeiro (Como sempre é),
Aquele que nunca vou esquecer (mas que sempre esqueço).

Deixa eu falar sobre o cara que jurou amor,
Que te prometeu com um olhar mais do que voce nunca sonhou ter,
Um alguém que começou a figurar nos seus sonhos como o "the one",
Como o homem com quem voce quer ter 5 filhos dois cachorros e uma casa nos suburbs.
O homem que te faz esqueçer de enfrentar os seus medos,
Que te faz acreditar que voce está suficientemente protegida para ter qualquer medo...
...E quando voce acredita, deixa eu te falar sobre ilusão.

Ilusão ensina, fere, te arranca as lágrimas mais profundas.
Ilusão te ilude ainda mais, quando tem uma ponta de esperança
Ilusão é uma maquina do tempo carnavalesca,
Que se fantasiaria de qualquer nova chance para fazer tudo dar certo,
E sonha em voltar atrás quantas vezes forem necessárias para não ter que voltar atrás nunca mais.

Ilusão é uma forma de amor,
Um amor que foi sentido
E um amor que foi ressentido.

???

Necessidade louca de organizar minha vida, e o que pode ser melhor nesse caso que escrever?
É difícil começar, pois tem tanto tempo que não atualizo o blog que ninguém mais pode entender o que anda acontecendo comigo, mas não se preocupe querido leitor fictício, apesar de conhecer os fatos da minha vida  melhor que ninguém eu ando tão perdida quanto você.

Vou começar pelo fim, que é onde essa necessidade de analisar minha vida começa.
Deixa eu explicar, faltam 3 meses para o fim do meu programa de Au Pair (incluindo o meu "grace period"), já tenho data da volta marcada, passagem comprada e estar voltando para o Brasil é certeza certíssima. Tenho evitado pensar nessa volta o máximo possível, mas o fato diariamente me persegue e desespera, porque amo os dois países loucamente, e por muitas diferentes razões acho que nunca mais vou conseguir viver em um lugar sem pensar no quanto o outro me faz falta. Se Brasília é minha mãe, San Francisco é a parente favorita com quem quero sempre estar, amo essa cidade (exceto pelo clima). Sinto como se SF houvesse sido construída pra mim, desde seu nome, que é uma homenagem ao Santo que sou devota, até sua aproximação com o movimento hippie, movimentos sociais, sua proeminência em idéias liberais, a gentileza de seus habitantes...
San Francisco é minha utopia, é minha cidade!!! Eu amo viver aqui!
Mas ai você deve estar se perguntando, se esse é o lugar dos seus sonhos, porque não vive ai pra sempre?
Resposta: Porque essa tal de vida é tinhosa, nos faz achar que mandamos em alguma coisa, mas a verdade é que quem comanda é o destino, você só segue os caminhos. E de alguma forma, sinto que por mais que ame SF eu sou destinada a algo além, e sinto que esta temporada em SF foi uma parte da jornada, mas de longe será minha última parada. Sinto que ir pro Brasil, por mais decepcionante que possa ser, e infelizmente acredito que será, é a coisa certa a se fazer.
Não sei como as outras pessoas se decidem quanto a ficar por aqui ou voltar, mas a minha decisão é assim, algo que eu não compreendo, e de certa maneira não concordo, mas sei que tem que acontecer.
Quando estava namorando o indiano consegui ignorar esse sentimento de que meu futuro não estava aqui, por que a sensação de que ele era o homem da minha vida era muito maior que essa vontade de seguir o que o destino tinha reservado pra mim, acho que teria me conformado facilmente em viver aqui com um subemprego ou sendo mãe de pequenos Rajas nos suburbs, mas depois que levei um pé na bunda sem explicação dele (Obrigada, by the way!) tudo voltou ao normal, e ficar aqui perdeu o sentido.
Agora me encontro nessa situação, com meu coração dividido entre uma vontade louca de ficar na minha cidade-sonho e uma expectativa louca de ir e descobrir o que me espera.
E esse quesito o que me espera anda me matando viu. Porque gosto de ser independente. Ter meu dinheiro e não depender de ninguém. Mas com essa confusão toda de sentimentos, ando totalmente perdida sobre o que quero pra minha vida, especialmente minha vida profissional. Sabe aquela história do não sei se caso ou se compro uma bicicleta? Essa sou eu!
Estou investindo em um curso que estava super animada pra fazer, pesquisei, me matei de horas extras pra juntar a grana, organizei meu schedule com minha Host, estava na maior expectativa e agora, 3 aulas depois, não sei mais se continuo o curso ou não. Pior, não sei mais se quero trabalhar com isso na minha vida ou não. Recebi uma proposta pra fazer um internship (voluntário) na área e não sei se aceito.
Trabalhar nessa área era minha paixão, minha certeza, e agora não faço ideia se devo manter essa ideia na cabeça ou partir pra outra. E se partir pra outra, que outra?
Voces enxergam o tamanho do problema? Estou estática! Não consigo tomar decisões sobre a minha vida, pois estou morrendo de medo do que elas vão acarretar pro meu futuro. Eu não consigo definir o que quero pro meu futuro, mas eu estou voltando pro Brasil por causa da certeza de que o meu destino me reserva algo lá e morrendo de medo do meu destino... Hopeless.
Eu queria que minha solução fosse ganhar na mega -sena, mas nem isso ajuda. Minha solução é ter um objetivo de vida, e essa meta se perdeu no caminho.
Agora eu estou assim, perdida, dividida, confiando num destino que temo.

Mas hoje pelo menos estou feliz. É que pra piorar, me apaixonei pelo cara que estou ficando a quase 10 meses, desde que terminei com o indiano. E ele é o melhor companheiro com quem poderia sonhar, ele tem me apoiado e me ajudado com essas e outras situações, e hoje, sem motivo específico, me mandou as flores que sei que mudaram muito mais que minha tarde.

Eu avisei que era confuso.
Acho que essa confusão é da minha natureza, talvez um dia eu encontre uma carreira em confusão e me torne CEO da causa... Ou simplesmente vá para num hospício.

Beijos,

May.
Chefe do Movimento dos Pensamentos Controversos.