quarta-feira, 25 de julho de 2012

Feliz ano novo!!!

Me sentí na obrigação de ressuscitar o blog para a postagem de 1 ano.

Não vou começar com falsa modéstia, sempre tive certeza que conseguiria ir até o fim. Vim preparada para o pior e consegui coisas muito melhores do que imaginei através desse programa.
Vim pra aprender a ser humilde, e algumas vezes acho que fui humilde demais e deixei as pessoas se aproveitarem disso. Muitas vezes esqueci que sou muito mais que uma Au Pair e deixei o que eu faço ditar quem sou, essa atitude me rendeu muitos sapos engolidos, muitas horas extras não pagas ou mal pagas, horários loucos e beirar a insanidade, mas me ajudou também a perceber o valor do trabalho, a baixar a minha crista de menina formada e a valorizar cada centavo que ganhei, sabendo que foi fruto do meu trabalho (trabalho duro);
Eu vim pra aprender a ser independente, mas acabei descobrindo que independência é relativo, você sempre tem que dar satisfação a alguém.
Vim pra fazer amigos, e os fiz. Poucos pra ser sincera, mas essenciais. E mais importante que fazer novos amigos foi valorizar os amigos que tinha e a saudade que me fazem.
Não vim pra me apaixonar, mas me apaixonei, dai quebrei a cara, e... me apaixonei de novo, de forma mais forte, mais intensa, e ai... Quebrei a cara mais feio. Mas também tenho aprendido com isso. Hoje eu sei que homem não é tudo igual, existem culturas diferentes, pessoas diferentes, e se você não está apto a aceitar o outro isso pode acabar com uma relação antes mesmo de começar. Você tem que sonhar e viver o seu amor, mas tem também que colocar os pés no chão e lembrar que não está aqui pra sempre, tem que lembrar do que deixou em casa.
Foi aqui que eu dei a minha mãe a devida importância, pelas pequenas e grandes coisas que pareciam tão naturais e que hoje sei o trabalho que dão.
Viver aqui me fez pensar em fugir pra casa e em fugir de casa, porque os problemas não conhecem barreira nem esperam na fila do visto, eles te alcançam rapidamente, e se você não se estrutura para lidar com eles, você se perde.

Perdida! É assim que você se sente boa parte do tempo, mas se você é persistente vai aprender que viver perdida é uma oportunidade de viver se encontrando, se descobrindo, e nesse quesito não posso reclamar do meu ano. 365 dias de amadurecimento através de lágrimas, sorrisos, viagens, experiencias, choro de criança, fralda suja, vinho, saudade...

O meu balanço hoje são mais 9 meses pela frente (esses tenho medo de não conseguir terminar) dividida entre 2 famílias que me enlouquecem, mas por quem morro de amor.
Já conquistei muito e tenho dúvidas sobre o que quero daqui pra frente, mas vou continuar a deixar o destino fazer seu trabalho, pois apesar dos arranhões no coração (que são profundos), tenho fé de que tudo o que fiz foi válido e que muito mais ainda espera por mim.

Obrigada a todos os que precederam esse ano, a todos os que fizeram parte dele, e a todos os que virão em consequência! Se me perguntarem se faria tudo igual...  Não há nada que não possa ser melhorado, então faria mudanças, mas não perderia a oportunidade de viver essa experiencia incrível.

Xoxo,
May.