sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Certezas

Sempre tive certeza de tudo na vida, e ao mesmo tempo nunca fui totalmente focada em nada, acho que por isso o destino resolveu ser meu guia, e eu, por acomodação ou medo (nunca sei) o deixei tomar às rédeas do meu caminho e apenas enfrento o que ele coloca a minha frente, na maioria das vezes gosto das escolhas que o destino faz, apesar de só recentemente ter aprendido a parar de praguejar sobre elas e conseguir ver, ou procurar o lado bom das coisas.

É difícil explicar, sou um constante incostante e me atiro de cabeça em tudo que me apaixona, mas ao mesmo tempo sou cheia dessas inseguranças e incertezas que me fazem reprimir essas paixões.

Foi assim com meu primeiro grande amor, que depois de conquistado descobriu-se menor e menos eterno do que imaginava, mas no qual ainda assim persistí.
Foi assim com o teatro, que talvez por ter sido uma desistência continua a ser minha paixão (mas da qual desistí).
Foi assim com minha profissão, que mais me escolheu do que foi escolhida.
Eu tive um dia a certeza de que queria ver o mundo (acho que desde sempre quis isso), e estudar algo com a palavra INTERNACIONAL me pareceu perfeito.
Amei intensamente aprender tudo (ou quase tudo) o que um internacionalista tem basicamente que saber, me apaixonei facilmente por cada ideal, e concordava com coisas totalmente opostas na certeza de que o que valia era o bom argumento de cada teoria.
Me apaixonei por Direitos Humanos (e mantive minha paixão), e tive certeza de que esse é o caminho que queria seguir, até ter a certeza de que queria me estabilizar profissionalmente e ganhar dinheiro antes disso. Foi quando procurei uma empresa em que pudesse encher a boca pra dizer: Eu trabalho LÁ.
Lá tive a certeza que se seu trabalho não te traz satisfação pessoal, não importa quanto dinheiro ou status você ganhe, você será uma pessoa miserável.
Foi nesse ponto que recuperei a certeza de que queria ver o mundo e tive certeza de que queria ser Au Pair, por que tinha certeza que não teria dinheiro pra ser outra coisa fora do país.
Nesse meio tempo as certezas já mudaram tanto, lembro que pouco antes de embarcar tinha certeza de que não queria mais isso, mas sabia que não ia desistir por orgulho. Essa é uma outra qualidade (ou defeito) meu, tenho um orgulho maior do mundo que me machuca cruelmente diante de fracassos.

Algum tempo se passou, e com dois meses aqui todas as certezas que trouxe na mala já foram enviadas de volta.
No lugar tenho deixado paixões seguirem meu destino:
Paixão pela minha nova cidade, que absolutamente me conquista, e por sí só, me faz duvidar se aqui não é o meu lar.
San Francisco é a minha Atlantis, um lugar onde você pode ver o verdadeiro espírito do amor livre, onde encontro pessoas encantadoras, onde me pasmo de tanta beleza numa simples caminhada.
Paixão pela minha nova família (que é também meu trabalho), que como toda família, assim como todo trabalho, às vezes enche o saco.
Me apaixono pelas minhas novas amizades, que compartilham com uma intensidade única sentimentos e fatos tão simples e cotidianos como a felicidade de falar sua língua no meio da rua.
Me sinto apaixonada pela minha liberdade, pela minha responsabilidade, pela minha capacidade de descoberta, pelos meus desafios e pela minha superação, me apaixono pela minha saudade e pelo meu desapego...

Certeza: Estou apaixonada!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Wyoming

Então galera, vim parar no Wyoming como minha primeira viajem acompanhando minha HM.
Quando ela me falou o destino a primeira vez minha reação interna foi, que buraco é esse, e lá fui eu pro Google.
A impressão continuou a mesma quando lí que este era o segundo estado menos povoado dos Estados Unidos, só perdendo pro Alaska, falei, pronto, me lasquei.

Cheguei no aeroporto com uma vista de arrasar, tudo bem que estava arrasada depois de 6 horas de voô com os babies (primeira viagem de avião deles). Foi super estressante minha menina no meu colo chorando, eu morrendo de sono e sem poder dormir, ler, nada. Fora que definitivamente, voar pela United definitivamente é o caos na terra. Que saudade que eu tenho das companhias aéreas brasileiras.

Mas tá, cheguei lá estavam no aeroporto esperando por nós a mãe da minha hosta e o namorado dela, tenho que falar, eles foram a melhor parte da viagem. Eu estou totalmente apaixonada pela minha Host Grandma, ela é muito fofa, carinhosa, super preocupada com meu bem-estar e em me ajudar, o namorado dela de começo não falava muito, mas depois, nossa, sem palavras para expressar o quanto gostei dos dois.
Passei uma semana, ficamos em um hotel dentro de uma reserva ambiental, o Grand Tenton, que tem montanhas lindíssimas e uma vista de tirar o fôlego. Fiquei super feliz de ver floresta de pinheiro, tudo colorido, de subir de bonde até o pico da montanha, ver alce, buffalo, esquilo.
Comprar foi um negócio complicado, acabei voltando só com um ursinho, que no fim das contas acabou sendo presente da fofa da HG, tudo lá era um absurso de caro e de feio. Minha única conta no fim de tudo foi $20 dólares em sorvete que fiz questão de pagar pra todos.

Os dias foram fantásticos, mas a verdade é que não via mais a hora de voltar pra casa, pois estava dividindo quarto com minha hosta e os babies, então mesmo em folga trabalhei o tempo todo, não tinha internet por perto, e, honestamento, toda aquela paz, calma e beleza natural já estava me dando nos nervos. Aproveitei sim!, e muuuito, mas uma das coisas que me fez ficar mal por exemplo foi o fato de estar em um encontro que de certa forma é da minha áres, apesar de não ser do meu domínio, e tenho que dizer como Au pair. Não tenho vergonha de dizer que fiquei com vergonha, porque eu queria estar lá aproveitando encontro, vendo palestras, conheçendo gente, mas não me senti bem em fazer isso quando todos em volta sabiam que estava ali para cuidar dos filhos de alguém. Sim, é idiota!, mas eu já sabia que essa arrogância besta ia me acompanhar aqui.
A outra razão por estar tão anciosa por voltar é que conheci um cara em SF (e não quero falar muito, porque só sei que nada sei), mas como tudo nessa vida de exterior é intensa, senti uma saudade bruta dele.

E foi assim minha primeira experiência outside San Francisco.
Na volta os babies foram super tranquilos no avião, só dormindo e sorrindo, mas estava exausta, e meio chateadinha por ter perdido um date com o cara ai de cima, que seria duas horas antes do meu voô chegar, mas ao menos fui recompensada por um "Welcome Back" assim que liguei o celular :D

Já tenho uma nova viagem marcada pra novembro, um evento de trabalho da Hosta, dessa vez sem vovó fofa, mas lá em Washington: Uhu!!!! E dessa vez vou passar meu dia OFF beeemm longe de família.

E alguém já contou que eu vou pras Bahamas em dezembro, pois é, EU VOU!!! E tiro nem que seja um dia pra aproveitar!!!

Depois de amanhã tô indo pra Bayglow, o que é um saco, porque queria ficar em SF, e não é nem pelo cara, já que ele estáa fora da cidade, mas é que não aguento mais ficar sem internet, telefone, ver gente, ouvir barulho (que não seja choro de bebê), mas pelo menos tenho a jacuzzi ;p

Então é isso,
Quem gostou, gostou, quem não gostou deve estar na TPM que nem eu.

Beijooo!
May*

P.S.: O novo computador chegou e me custou $100 que não disseram que ia ter que pagar. Absolutamente frustrante, mas tô tão feliz que isso está me abalando muito pouco.

sábado, 17 de setembro de 2011

Pego mas não me apego

Meu sonho é um dia essa frase se tornar real na minha vida.
Porque eu sou uma negação no quesito ser piriguete. Tenho umas amigas que vão discordar, e não tiro a razão delas de jeito nenhum, mas só eu sei o que esse coraçãozinho malandro sofre quando tá pensando com seus botões sobre quem foi, quem virá ou se voltará.

E antes que perguntem o post não é sem nexo não, é que não tô afim de comentar sobre o(s) protagonista(s) da história então vou generalizar.
Mas é o seguinte, jogue a primeira pedra a Au Pair ou turista, comprometida ou solteira, que mesmo jurando de pé junto que não ia se envolver com ninguém não parou ao menos pra dar uma estudada na situação.
Muitas pessoas me falam: -Que nada, você vai arrumar um americano por ai e ficar. Sempre achei a opção inviável, porque eu definitivamente não vim pra cá atrás de green card, mas e se acontecer... e se eu me apaixono.

Não! Não aconteceu gente! Mas só ando pensando, ficar aqui um ano sem se envolver com ninguém: Na boa, impossivel não é, mas vai deixar a vida bem mais chata, por outro lado se envolver e correr o risco de gerar toda uma confusão de sentimentos...

Vou te contar viu. É complicada essa vida de Au Pair!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

With a Little Help of my Friends

Sempre tive medo da solidão...

Acho que eu e todo mundo! Amo o Renato Russo, e quando escutava ele cantando "O mal do século é a solidão" pensava: -Esse cara é um gênio!
Eu sou uma pessoa meio de lua, há não muito tempo atrás era muito, mas muito tímida mesmo, sempre fui a garota feinha (dente torto, altona, cabelo sarará), então tentava apelar pra papos inteligentes, mas o problema é que não me acho lá esse Einstein.
No anexo da faculdade (leia-se botecos) fiz uma disciplina extra sobre como fazer novos amigos e melhorei meu desempenho, mas ainda assim, tenho muita dificuldade em me abrir e me comunicar com os outros. Dou muito valor nesse povo cativante, que faz amizade fácil com todo mundo, amo gente assim e tento copiar, mas sei que não sou um sucesso garantido por onde passo. Na terra do nunca (Brasil) não sou uma pessoa solitária, tenho meus grupos de amigos (poucos, mas ótimos).
Não parei muito pra pensar sobre fazer amizades quando fiz minha inscrição no programa, mas depois, quando estava perto de embarcar começou uma aflição.

Porque você largar seu país não é apenas largar seu país, sua comida, seu cachorro, sua língua, é largar tudo e todos que você conheçe (porque honestamente, se você não largar, terá um ano infernal). Você chega aqui começando do zero, tem que conquistar sua família, suas crianças, os amigos da família, a vizinhança, e principalmente, tem que conquistar amigos. E de todos os desafios que tenho vivido aqui, posso dizer com certeza que essa tem sido minha maior dificuldade, e o que me demanda maior esforço.

Por que aqui você tem uma língua diferente, as pessoas não entende suas piadas nem você as delas, são culturas conflitantes, aqui a sua nova amiga(o) não vai saber detalhes da sua infância, ou os seus gostos, e você terá receio de contar, exatamente por ela ser uma nova amiga(o).

Uma dica que posso dar é, seja simpática! Mesmo que você não esteja on the mood, sorria e dê bom dia para todos desde a escola de treinamento, desde antes do embarque. Procure por pessoas que vão morar perto de você, procure afinidades com essas pessoas, estabeleça uma relação, porque ficar só aqui é complicado. E como diz a autora do meu blog favorito: Antes só do que mal acompanhada aqui é um ditado que não funciona, aqui você tem que aprender a se esforçar em aceitar o outro, em muitas vezes fazer coisas que você não gosta, ou deixar de fazer coisas que você gosta para manter uma pessoa. Não é deixar de ser você em prol do outro, mas criar um equilíbrio para evitar a solidão.

Quando chegar, procure as Au Pairs da vizinhança, algumas nem respondem, algumas te respondem mas não te dão a menor bola na vida real, de toda forma, há grandes chances de você conheçer ao menos uma pessoa que queira tomar um café, ver um filme e saber de gente.

Procure se relacionar com brasileiros. Antes de vir, falava que ia passar um ano sem ouvir português, queira imergir no inglês pra aprender mais rápido, mas hoje sei o valor de ouvir português, e falar que tá com saudade de casa pra gente que sabe o que a palavra saudade significa, que conversa mais alto, que dança com ritmo, que gosta de ser a última a sair da balada, que mesmo não gostando das mesmas músicas que você vai conheçer suas músicas preferidas e (consequentemente) ter mais afinidades. Não estou dizendo para se limitar a amizades brasileiras, longe de mim, só eu sei o esforço que estou fazendo para conheçer gente de vários lugares, e quem me conheçe sabe que isso é um grande objetivo pra mim. É que ter amigos brasileiros não é só mais cômodo, é mais natural também, então não reprimam esse povo moreno, cheiroso e gostoso se forem boas companhias.

Depois que você começa a sair com alguém tudo fica mais fácil, porque uma pessoa leva a outra e logo você vai fazendo uma rede de amigos e definindo aqueles que tem um perfil mais parecido com o seu, mas é também mais difícil, porque manter novos amigos, ou o interesse nessas pessoas é complicado, e no fim vai ficando pouca gente, e por mais que essa pessoa goste de você também, ela não estará sempre disponível como era com sua melhor amiga no Brasil, e às vezes não terá saco para escutar suas chatices de saudades de casa ou dificuldades com a host family.

É nessas horas, como em muitas outras que a saudade dos seus amigos vai apertar, às vezes pra mim chega a ser maior que a saudade da família, porque tenho pra mim que amigos são a família que a gente escolhe, e minhas amigas são pau pra toda obra, nosso límite de tolerância umas com as outras só não é maior que nosso amor. Essa saudade vai apertar quando esses amigos disserem que sentem sua falta, e vai ser devastador quando você ver que eles estão vivendo suas vidas e respirando sem você por perto.

Algumas pessoas sempre foram fundamentais na minha vida, e não preciso citá-las porque elas sabem quem são, sempre me julguei essencial na vida de outras pessoas também, e pra mim saber que essas pessoas estão resolvendo seus problemas sem mim, ou tendo outras pessoas como ombro amigo dói e me faz feliz simultaneamente.

As coisas mais dificeis pra mim são achar pessoas que também gostem de vida noturna morando perto de mim; querer um colo e não poder pedir pra ninguém; querer receber visitas ou simplesmente ir pra casa de alguém pra andar um pouco e não ter onde ir, pois visitar ou receber alguém aqui significa todo um procedimento de educação que não fico com saco de fazer nesses momentos. Nessas horas tento me lembrar que no Brasil também tinha esses mesmos surtos de solidão (era mais raro, mas acontecia), porém nunca morri por isso.

No mais o conselho final contradiz o resto do texto, mas sem dúvida o direciona: Seja você, apenas aproveite seus momentos aqui e tente ser feliz, porque felicidade atrai felicidade, bom humor, positividade. Pessoas boas atraem pessoas boas, e acho que devo ser uma pessoa ótima, porque apesar de não poder dizer que tenho AMIGOS aqui ainda, no sentido literal da palavra, tenho amigos, pessoas com quem gosto de dividir meu tempo, me divertir e compartilhar minha experiência aqui. Espero de verdade que isso evolua logo e que possa encontrar meus pares perfeitos o quanto antes, que pra mim significa: Pessoas animadas, que gostem de bebida, sushi e momentos cult (tudo junto e misturado).

Às vezes tenho pequenas crises de achar que ainda não fiz nenhum amigo aqui, e que todo mundo que conheço tem alguém mais closer, que eu sou uma intrusa na turma, mas sei que na verdade não é assim, que isso é só a minha insegurança de nascença. Sei que pouco a pouco estou conquistando pessoas, da mesma forma que as pessoas tem me conquistado, e hoje mais que esperança, tenho a serenidade de saber que vou sair daqui com boas histórias compartilhadas pra compartilhar.

Afinal, ninguém é uma ilha!

Beijos,
May.

P.S.: Queria dedicar esse post a Jaque, que sempre tá de olho no blog. Hoje vou falar de algo que mesmo sendo fofoca da minha vida acho que
vai te ajudar aqui. ;)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bayglow

Tenho um zilhão de coisas mais importantes pra falar, mas quero falar apenas da minha semana

Minha hosta divide uma casa de praia com dois amigos aqui na Califórnia, Bayglow é o nome da casa, e é um lugar absolutamente LINDO! Mas praia aqui não é como a nossa praia, cair na água, ver gente bonita de biquini e tomar cerveja. Essa é mais no estilo daquelas que a gente vê em filme cult, onde escritores vão para se refugiar

Ou seja, é lindo! Mas não tem nada pra fazer, porque nem celular pega, e a cidade mais próxima é a 15 minutos de carro. Fomos passar o feriado do Labor Day, e pra aumentar o tédio meu computador para de carregar um dia antes da gente ir viajar, não ficava assistindo TV pra não acordar os babies e não incomodar, cair na água nem em sonho! Então só ficava no meu livrinho e comendo mesmo.

Apesar dos pesares estava tudo indo bem, até que ela surgiu: A maldita TPM.
Junta lugar lindo + nada o que fazer + TPM = Crise Existencial

E foi assim que pensei e repensei mil coisas sobre estar aqui, e pela primeira vez chorei, não por saudades, mas por me tocar de coisas tão simples, como o fato de que tudo o que estou vivendo ser Graças a minha mãe, tanto financeiramente, quanto pelo apoio e por toda a criação que ela me deu, por todas as orações que ela faz por mim, que sem dúvidas fazem toda a diferença e devem ser a causa de tanta coisa boa acontecendo comigo.

Foi assim que chorei quando lí as reportagens sobre a Marcha contra a Corrupção e me causou uma dor enorme não estar em Brasília pra participar, e uma alegria enorme de ter tanta gente se preocupando em ter um país mais digno.

E foi assim que senti falta dos amigos, e vontade de tê-los por perto, de compartilhar as experiências que estou tendo e de expressar cada mínimo detalhe do que estou aprendendo para qualquer um que se interesse em saber..
Foi assim que me senti feliz e triste, e os dois ao mesmo tempo várias vezes ao dia, e chorava ao ver a vista linda que tinha ao acordar e o por do sol lindo que estava a minha frente, mas que só me fazia lembrar o quanto o céu de Brasília é fantástico!

Foi quando me surpreendi como tem dado certo deixar o destino fazer seu trabalho, e apenas encarar os desafios que ele me propõe.
Foi bom ouvir minhas músicas favoritas, e dormir bastante, e chorar com um livro, e rir com um filme. Foi bom sentir! Sentir que aqui tudo faz mais sentido e é mais sensível.

Foi bom sentir falta, sentir o vento e o cheiro de mar com árvore e flor. Foi bom sentir medo de não querer voltar, e sentir medo de voltar e não saber o que quero.
E como isso está ficando muito poético quero contar sobre a cidade:

Não tem nada, só ciclista, a galera vai lá pra pedalar, andar de caiaque e comer ostra, mas por sorte tinha uma "big fest" na cidade mais próxima, era uma dessas festas de aniversário da cidade, com Parada, bem típico, pra eles acho que super normal, pra mim comédia ao extremo ver um cara desfilando com sua Lhama, ou um guardinha vestido de urso. Adorei ver as meninas em seus uniformes de líderes de torcida e os meninos com as roupas de futebol americano, me senti tão nos USA.

Mas sem dúvida o melhor foi conheçer pessoas, a comunidade é um ovo, e sempre tem essa galera meio hippie, daí conheçi a fofa dessa mulher com quem queria ter tirado uma foto, a Donna, ela parecia ter saido do "That's 70 show", e do nada olha pra mim e diz: -Uau! You're beautiful! Gente, não é só porque ela disse isso, juro, mas pensa numa muher legal! Quero ser que nem ela quando crescer. Ela ficava dizendo que ama o Brasil, e me apresentou uma amiga que falava português e ficou conversando comigo, super legal também, ela ficava dançando e falando que o Brasil é o lugar mais perfeito do mundo e que em fevereiro ninguém anda, todo mundo samba nas ruas (eu concordo). Depois descobri que ela e o marido escreveram juntos um livro sobre como manter o sexo quente depois de muito tempo casado. kkkkk. Rachei com essa mulher, figurassa.

Foi nesse meio tempo que descobri o tanto que minha HM é bem relacionada, fomos visitar uns amigos dela, passar a tarde com eles, e putz! A casa era numa vinícola, uma puta casa com quadra de tenis, piscina e o escambal... Lindo!!! A outra amiga, uma ex-modelo e cantora. Eu não consigo não ficar impressionada com essas coisas, pelo menos os primeiros minutos :D
Uma amiga dela ficou com a gente os primeiros dias, artista plástica, super bacana: Veva, ela já foi dona de um restaurante que dizem elas era super famoso, e devia ser mesmo, por que ela cozinhava maravilhas pra gente, e depois iamos curtir a jacuzi. kkkk
Tá, a casa nem era tão tediosa assim. Rs

Mas é isso gente, deixo agora umas fotos sobre essa vida horrível










Beijus!!