quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bayglow

Tenho um zilhão de coisas mais importantes pra falar, mas quero falar apenas da minha semana

Minha hosta divide uma casa de praia com dois amigos aqui na Califórnia, Bayglow é o nome da casa, e é um lugar absolutamente LINDO! Mas praia aqui não é como a nossa praia, cair na água, ver gente bonita de biquini e tomar cerveja. Essa é mais no estilo daquelas que a gente vê em filme cult, onde escritores vão para se refugiar

Ou seja, é lindo! Mas não tem nada pra fazer, porque nem celular pega, e a cidade mais próxima é a 15 minutos de carro. Fomos passar o feriado do Labor Day, e pra aumentar o tédio meu computador para de carregar um dia antes da gente ir viajar, não ficava assistindo TV pra não acordar os babies e não incomodar, cair na água nem em sonho! Então só ficava no meu livrinho e comendo mesmo.

Apesar dos pesares estava tudo indo bem, até que ela surgiu: A maldita TPM.
Junta lugar lindo + nada o que fazer + TPM = Crise Existencial

E foi assim que pensei e repensei mil coisas sobre estar aqui, e pela primeira vez chorei, não por saudades, mas por me tocar de coisas tão simples, como o fato de que tudo o que estou vivendo ser Graças a minha mãe, tanto financeiramente, quanto pelo apoio e por toda a criação que ela me deu, por todas as orações que ela faz por mim, que sem dúvidas fazem toda a diferença e devem ser a causa de tanta coisa boa acontecendo comigo.

Foi assim que chorei quando lí as reportagens sobre a Marcha contra a Corrupção e me causou uma dor enorme não estar em Brasília pra participar, e uma alegria enorme de ter tanta gente se preocupando em ter um país mais digno.

E foi assim que senti falta dos amigos, e vontade de tê-los por perto, de compartilhar as experiências que estou tendo e de expressar cada mínimo detalhe do que estou aprendendo para qualquer um que se interesse em saber..
Foi assim que me senti feliz e triste, e os dois ao mesmo tempo várias vezes ao dia, e chorava ao ver a vista linda que tinha ao acordar e o por do sol lindo que estava a minha frente, mas que só me fazia lembrar o quanto o céu de Brasília é fantástico!

Foi quando me surpreendi como tem dado certo deixar o destino fazer seu trabalho, e apenas encarar os desafios que ele me propõe.
Foi bom ouvir minhas músicas favoritas, e dormir bastante, e chorar com um livro, e rir com um filme. Foi bom sentir! Sentir que aqui tudo faz mais sentido e é mais sensível.

Foi bom sentir falta, sentir o vento e o cheiro de mar com árvore e flor. Foi bom sentir medo de não querer voltar, e sentir medo de voltar e não saber o que quero.
E como isso está ficando muito poético quero contar sobre a cidade:

Não tem nada, só ciclista, a galera vai lá pra pedalar, andar de caiaque e comer ostra, mas por sorte tinha uma "big fest" na cidade mais próxima, era uma dessas festas de aniversário da cidade, com Parada, bem típico, pra eles acho que super normal, pra mim comédia ao extremo ver um cara desfilando com sua Lhama, ou um guardinha vestido de urso. Adorei ver as meninas em seus uniformes de líderes de torcida e os meninos com as roupas de futebol americano, me senti tão nos USA.

Mas sem dúvida o melhor foi conheçer pessoas, a comunidade é um ovo, e sempre tem essa galera meio hippie, daí conheçi a fofa dessa mulher com quem queria ter tirado uma foto, a Donna, ela parecia ter saido do "That's 70 show", e do nada olha pra mim e diz: -Uau! You're beautiful! Gente, não é só porque ela disse isso, juro, mas pensa numa muher legal! Quero ser que nem ela quando crescer. Ela ficava dizendo que ama o Brasil, e me apresentou uma amiga que falava português e ficou conversando comigo, super legal também, ela ficava dançando e falando que o Brasil é o lugar mais perfeito do mundo e que em fevereiro ninguém anda, todo mundo samba nas ruas (eu concordo). Depois descobri que ela e o marido escreveram juntos um livro sobre como manter o sexo quente depois de muito tempo casado. kkkkk. Rachei com essa mulher, figurassa.

Foi nesse meio tempo que descobri o tanto que minha HM é bem relacionada, fomos visitar uns amigos dela, passar a tarde com eles, e putz! A casa era numa vinícola, uma puta casa com quadra de tenis, piscina e o escambal... Lindo!!! A outra amiga, uma ex-modelo e cantora. Eu não consigo não ficar impressionada com essas coisas, pelo menos os primeiros minutos :D
Uma amiga dela ficou com a gente os primeiros dias, artista plástica, super bacana: Veva, ela já foi dona de um restaurante que dizem elas era super famoso, e devia ser mesmo, por que ela cozinhava maravilhas pra gente, e depois iamos curtir a jacuzi. kkkk
Tá, a casa nem era tão tediosa assim. Rs

Mas é isso gente, deixo agora umas fotos sobre essa vida horrível










Beijus!!

3 comentários:

  1. Tô tão orgulhosa das minhas fotos! :D

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  2. HAha...
    Sempre dou uma olhadinha no seu blog... e hj estava lendo o seu post de qdo vc tinha agendado o visto. Aí lembrei da mesma aflição q eu passei. O medo de ter o visto negado. Estava na mesma situação... ou ainda pior, pq minhas tias foram tentar o visto tbm e não conseguiram. Uma era casada com duas filhas adolescentes e tinha uma empresa. A outra tinha muitos bens aki e uma renda muito boa.
    Literalmente entrei em desespero. Mas depois q fiz a entrevista vi q não era aquilo tudo q falam por aí...

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  3. Jaque, de vez em quando quando escrevo penso:
    _Gente, tenho que postar porque a Jaque acompanha o blog.
    kkkkkkkkkkkkk

    Juro que vai sair uma postagem útil pra você antes de vir.
    Mas é quee tô nesse momento de transição, cheia de coisa pra falar mas sem muita inspiração saca

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